Capítulo IX
Meditações (Ativas)
de Fusão entre o Céu Anterior e o Céu Posterior
no I Ching, o Livro das Mutações
O Fio da Meada
Sexta Linha ___ ___ O
Quinta Linha ___ ___ I Ching
Quarta Linha ___ ___ do
Terceira Linha _______ Caminho
Segunda Linha _______ do
Primeira Linha _______ Céu
Janine Milward
Primeiro Volume
Conceitos Fundamentais sobre I Ching,
o Livro das Mutações
o Livro das Mutações
Editora Estrela do Belém
O Fio da Meada
I Ching do Caminho do Céu
Janine Milward
Direitos Reservados © 1997
Registro 142.090 Livro 230 Folha 433
Segunda Edição Revisada

Primeiro Volume
Conceitos Fundamentais sobre I Ching, o Livro das Mutações
Janine Milward
Meditações (Ativas)
de Fusão
entre o Céu Anterior e o Céu Posterior
no I Ching, o Livro das Mutações
Dois Dedos de Prosa sobre
Sincronicidade, Arquétipo, Símbolo
O I Ching, o Livro das Mutações,
Algumas Palavras sobre Meditação
Ativa:
Sobre as Meditações Ativas
Propostas neste Trabalho,
Cosmologia Espiritual ou A
Metafísica
O Dia e a
Noite
Meditação
sobre o Céu Posterior
trazendo
o posicionamento dos Oito Trigramas Primordiais
As Estações do Ano
- I
ou
Os Ciclos da Vida
e da Não-Vida
Trazendo
os posicionamento do Céu Posterior para os Oito Trigramas Primordiais
As Estações do Ano
- II -
Os Entrelaçamentos
da Luz e da Não-Luz, os Sublimes Yang e Yin
O Eterno Retorno -
O Revirão da Vida
Trazendo
os posicionamentos do Céu e da Terra, no Céu Anterior,
no
aparente caminho do Sol, o Analema, o Oito do Sol
Os Quatro Pontos
Cardeais
Meditação
sobre o Céu Anterior
Trazendo
o posicionamento de Céu e Terra, e de Fogo e Água, Sul e Norte, Leste e Oeste
O Leste é o lugar dos novos começos; o Sul é o lugar do
amadurecimento pleno; o Oeste é o lugar da retirada, do repouso; o Norte é o
lugar da sabedoria que se obtém já em outras dimensões.
Meditação sobre o Céu Posterior
Trazendo a reorientação do Fogo
e da Água e introduzindo o Trovão e o Lago
bem como preservando o Céu e a
Terra
E formando, assim, a Estrela de
Seis Pontas
O homem
e o Homem Sagrado e a Estrela de Seis Pontas
O Eclipse total do
Sol
O I Ching do Céu Anterior
representado pelo processo do eclipse total do sol
Doce fusão entre Espírito e
Alma, Li e K’an, Fogo e Água:
O Hexagrama Wei Chi, Antes da
Conclusão
A Luz de Ch’ien, O Céu, e a
Não-Luz de K’un, A Terra
O Casamento do Céu e da
Terra: O Hexagrama Tai, Paz
O instante imediatamente
anterior e posterior
ao eclipse total do sol, o Anel
de Diamante:
Hexagrama Po, Desintegração, A
Fuga da Luz e Hexagrama Fu, O Retorno da Luz
A Iluminação
As Seis Linhas do
Hexagrama e o Eclipse Total do Sol
A Família do Céu e
da Terra
Os
Passos na Meditação e no Trabalho Espiritual
Do Vazio à Luz e ao Retorno da
Não-Luz
O I
Ching do Céu Anterior representando pelo processo de criação de um universo
a-vir-a-ser
A Semente Queimada e o Homem
Sagrado, A Alquimia Taoísta

Dois Dedos de Prosa sobre Sincronicidade, Arquétipo, Símbolo
Sendo
parte integrante da constante mutação do Universo que habitamos, tendo dentro
de nós, em nosso corpo, em toda a natureza, toda a alquimia realizada pelo
tempo e espaço....temos então toda a
história do universo já contida dentro de nós, passado, presente e futuro...
ao mesmo tempo que podemos ter a confirmação dessa história através das luzes e
não-luzes das estrelas.... Este é o
Conceito da Sincronicidade - algo que podemos traduzir como uma Coincidência
sempre bem Significativa.
Assim, o conceito inicial da sincronicidade nos remete ao conceito
do Arquétipo: o universo é simultâneo e habita dentro de cada um de nós. Todo o
universo está contido dentro de nós - a perfeita interiorização ao mesmo tempo
que todo o universo está contido fora de nós, a perfeita exteriorização. A
fusão desses dois elementos, a interiorização e a exteriorização, nos traz o
arquétipo. O Conceito do Arquétipo pode,
então, ser compreendido através seus Símbolos.
A linguagem entre o céu e a terra saiu do inconsciente e veio à
consciência: estavam criadas a espiritualidade, as religiões, as crenças, as
filosofias, as ciências, as artes, a comunicação, a troca, a cultura, a
sociedade, a família, a manutenção da vida, a história da vida no Planeta Terra
. Em tudo, na Criação, se espelha a
Mente Cósmica em sua energia de Luz e Não-Luz expressa através do Sublime Yang e do Sublime Yin. Em tudo, na Criação,
existe Espírito e Alma, não duvide disso, jamais.
O homem, aquele que usa a sua mente, é, portanto, o integrador da
relação céu e terra. E sendo o integrador, o fiel da balança, é o homem também
aquele que dá sentido ao céu e a
terra da mesma forma que o céu e a terra lhe dão seu sentido. Sem a mente
pensante e a possibilidade de expansão da consciência para fusionar céu e
terra, o universo não faz sentido.
O universo faz sentido ao homem porque o homem dele extrai seu sentido. Daí a necessidade
primordial do homem sempre ter venerado e respeitado, inicialmente, a própria
natureza como seu grande Pai e sua Grande Mãe, através as realidades do Céu e
da Terra e as forças do Sol e da Lua. E ainda além, muito mais além das forças
do Sol e da Lua, encontra-se a própria natureza em si mesma impondo sua
veneração e seu respeito. De tal forma que o homem precisou se espelhar na
Criação através a força do Criador....
O I Ching, o Livro das
Mutações,
nos apresenta as Verdades
Universais através a compreensão da Mecânica Celeste, na Astronomia, conjugada
às realidades de materialização entre Céu, Homem e Terra, em perfeita
integração, bem como às realidades de significação da Luz e da Não-Luz, Luz e
Sombra, através o Sublime Yang e o Sublime Yin.
O I Ching é o grande Mestre, o Sábio, contido
em suas verdades universais transpassadas para os Oito Hexagramas Primordiais,
a Família do Céu e da Terra, e sua integração formando os demais 56 Hexagramas.
Algumas Palavras sobre
Meditação Ativa:
Existem várias maneiras de o Caminhante praticar a Meditação em seu
Trabalho Espiritual.
Sabemos que a Meditação que irá nos levar no Caminho da Iluminação
e da Liberação ou Imortalidade, dentro da Alquimia Taoísta, é a Meditação do
Sentar no Silêncio.
No entanto, o Caminhante pode também, se assim desejar, caminhar
todos os dias, em silêncio interiorizado, inspirando e expirando seu Mantra
pessoal e visualizando, internamente, a cada um de seus passos, o surgimento de
uma Flor de Lótus sob seus pés.
Lao Tse nos diz que Uma longa jornada começa debaixo dos pés, no
Capítulo 64 do Tao Te Ching, o Livro do Caminho e da Virtude.
Sendo assim, dentro da Meditação do Caminhar sobre a Flor de Lótus,
estas palavras do Mestre do Tao Primordial podem ser atuadas literalmente!
Por vezes, nos sentimos ‘pegos’ por alguma energia muito intensa em
um determinado lugar e nos sentimos desejosos de usufruir desta energia
maravilhosa em Meditação em Postura Ereta, com os dois pés juntos e o corpo
todo ereto, cabeça ligeiramente voltada para o céu, olhos fechados, usufruindo
do Chi, do Sopro do Céu Anterior, que flui através nosso corpo físico e nossa
mente, naquele especial lugar.
Em outras ocasiões, nos deixamos ficar em um ambiente propício para
a prática da Meditação, porém com um fundo musical ou com palavras proferidas
por um mestre ou um Mestre - de viva voz
ou através gravação. Também nestas
ocasiões, podemos realizar a Meditação Ativa, ou seja, através a estruturação
de alguma orientação - seja ela atuada por um mestre-orientador ou seja ela
realizada por alguma leitura prévia e bem assimilada sobre as questões que o
Caminhante quer se deixar permear, em Meditação Ativa, ou seja, ainda com sua
mente funcionando - mesmo que sempre de olhos fechados e concentrado na entrada
e saída do ar, na inspiração e expiração do Chi, o Fole Universal, como nos diz
Lao Tse, em seu Capítulo 5 do Tao Te Ching.
O espaço entre o céu e a terra
assemelha-se a um fole
Existem várias outras maneiras de se realizar a Meditação,
realmente, porém eu, Janine, sinto que a Meditação que é realizada através o
Sentar-se no Silêncio na busca da Alquimia Taoísta - mesmo que fusionando
conceitos e práticas advindas de outras apreensões espirituais e religiosas -,
é a verdadeira Meditação.
Portanto, quando eu recomendo a prática da Meditação Ativa - através este Trabalho -, é
certo que o Tema da mesma deve sempre ser uma questão bem estruturada e que
realmente traga uma real abertura, digamos assim, uma real compreensão, um real
insight, ao Caminhante sobre o Tema que está lhe sendo apresentado.
Dentro da prática da Meditação Ativa existe o fato do funcionamento
da mente em estado de maior capacitação consciente, sim, porém, ao mesmo tempo,
existe o fato de que o inconsciente pode realmente se manifestar, atravessando
as muralhas críticas ferozes do pré-consciente e alcançando a consciência que
está pronta para receber essas mensagens advindas do âmago de sua Alma, de seu
coração, de sua mente.
É preciso que o Caminhante busque deixar sua mente dentro do Vazio
- como se fosse a Montanha estruturando o Lago, em Hsien, a Comunhão: a
Montanha é o homem em busca de seu caminho para tornar-se Homem Sagrado e o
Lago ocupa o vazio que é formado na mente, no alto da montanha, trazendo a
bendita Água da Sabedoria e espelhando as verdades oferecidas pelo Céu, o Pai,
enquanto Montanha e Lago repousam na Terra, A Mãe.
Sobre as Meditações Ativas
Propostas neste Trabalho,
versando sobre o I Ching, o
Livro das Mutações,
dentro de suas verdades
reveladas no Mundo da Não-Manifestação
e no Mundo da Manifestação:
Em termos das Meditações propostas por mim para a Meditação Ativa
sobre Temas do I Ching, o Livro das Mutações, eu penso que estas podem ajudar o
Caminhante na compreensão mais ampla sobre o Mestre e não somente em seu
sentido oracular mas sim em sua totalidade, em sua plenitude de importância da
visão de integração do Homem à Terra e ao Céu - que é a grande estrutura
embasadora do I Ching, as Mutações entre o Sublime Yang e o Sublime Yin,
formando o Pai e a Mãe e, em continuidade, formando seus Seis Filhos - e todos
simbolizando as estruturas fundamentais da vida sob o Tao da Criação! Pai e Mãe e Filhos entrelaçam entre si suas
Linhas Yin e Yang fazendo acontecer todas as 64 possíveis situações que tratam
sobre a vida, assim como apreendidas pelos antigos sábios chineses.
Por tudo isso, eu digo e afirmo que o I Ching, o Livro das
Mutações, vai muito mais além do que simplesmente e quase superficialmente
popularmente se pensa que se trata de mais um Oráculo a fazer parte de uma
imensa bandeja de situações oraculares que perfazem a inter-relação entre homem
e céu e terra, dentro das questões voltadas para a Sincronicidade, para os
Arquétipos e para os Símbolos.
Ou seja, a inter-relação em mutação constante entre o Sublime Yang
e o Sublime Yin vem nos falar sobre a Vida desde sempre, desde antes, desde
agora e desde depois - assim como a conhecemos.
O I Ching, o Livro das Mutações, é um Tratado sobre a Criação no Mundo
da Manifestação advinda do Mundo da Não-Manifestação. Ao nos aprofundarmos mais e mais na compreensão
sobre esta verdade, estaremos mais e mais nos surpreendendo sobre o fato de que
o I Ching nos revela verdades universais que ainda ontem e ainda hoje e ainda
amanhã estarão sendo também reveladas pela ciência física - enquanto o I Ching,
o Livro das Mutações, repousa, serenamente e humildade, nas verdades reveladas
pela ciência metafísica.
Eu diria, então, que o I Ching, o Livro das Mutações -
fundamentalmente através a apreensão do I Ching do Caminho do Céu e da Terra -,
nos oferece aquilo que eu denomino de Cosmologia Espiritual.
Cosmologia Espiritual ou A
Metafísica
A
Cosmologia Espiritual ou A Metafísica é a fusão dos conhecimentos da ciência e
da metaciência: o verdadeiro holismo que nos leva à compreensão da Vida e da
Natureza, a Criação, desde o seu Princípio Primordial, o Tao, O Caminho.
Esse processo pode ser compreendido e apreendido na relação
céu-homem-terra, com a própria natureza agindo como o mestre que transmite a
seus discípulos suas verdades através da observação pragmática estruturada em
ciência física e da percepção da sincronicidade que revela os arquétipos que
são traduzidos em símbolos, mitos e histórias estruturados em ciência
metafísica.
Na Cosmologia Espiritual ou Metafísica, estudamos o antes do
começo, o começo, o durante, o fim, o depois do fim, o antes do começo, o
começo.... É o Eterno Retorno, o Revirão, A Mutação, é o ponto Aonde a
Cobra Morde a Cauda.
Sendo o Mundo da Manifestação advindo do Tao do Mundo da
Não-Manifestação, toda a Criação é sempre manifestada através de seu processo
infinito de Eterna Mutação e de exterioridade e interioridade. A única
não-mutação é a própria constante mutação. A única não-mutação é o Tao que é
plenamente interiorizado. Todo a Criação é exteriorizada e, portanto, faz parte
da constante mutação. Somente o Tao é a não-mutação e a plenitude da
interiorização.
O retorno é o movimento do
Caminho
A suavidade é a atuação do
Caminho
Os seres sob o céu nascem da
existência
E a existência nasce da
não-existência
(assim
nos diz Lao Tsé, o Mestre do Tao, em seu Capítulo 40 do Tao Te Ching, o Livro
do Caminho e da Virtude)
A Suprema Consciência dá berço à Mente Cósmica, que por sua vez,
espelha-se na Criação, criando a Luz. No entanto, tudo é mente. A mente é manifestada
através da Luz e Não-Luz. Toda a Criação advinda do Mundo da Manifestação (que
é oriundo do Mundo da Não-Manifestação) é o exercício da mente através da
formalização da Luz e Não-Luz. No entanto, essa energia mental formalizada
através da Luz e Não-Luz é tão somente uma manifestação mental, Maya.
Toda a Criação é tão somente uma manifestação mental formalizada através da Luz
e Não-Luz.
...A força que guia as estrelas,
guia você também... (assim nos diz Srii
Srii Anandamurti, o Mestre do Tantra Primordial, a busca da luz do conhecimento
para a eliminação das trevas da ignorância)
Apenas
a Suprema Consciência, a Mente Cósmica, o Tao da Criação, existe.
Enquanto Criação, resta-nos a expansão infinita e iluminada de
nossa mente, de nossa consciência e de nossa vida, de forma a alcançarmos a
plenitude de nossa fusão com a Suprema Consciência, ou seja, alcançando mente e
consciência e vidas infinitas e iluminadas numa participação plenamente consciente
da eterna mutação, do revirão entre os Mundos da Manifestação e da Não-Manifestação
– o Retorno à Fonte Primordial.
Retornar à Fonte Primordial significa retornar a ser uma estrela. O
verdadeiro Mestre é aquele que realizou seu Caminho da Iluminação e seu Caminho
da Liberação ou Imortalidade, tornando-se uma estrela-guia de seus
discípulos... e certamente dando continuidade ao Revirão da Criação em seu
Eterno Retorno de Luz e de Não-Luz..., - seja que faça isso tornando-se um Bodhisattva,
seja que se torne uma real estrela, seja que mantenha com sua Mente/Luz todo um
sistema solar, toda uma galáxia, ou mesmo que dê início a um novo universo.
A
Cosmologia Espiritual ou A Metafísica será tema cada vez mais conversado e
vivenciado em nossas vidas no futuro. A
Cosmologia Espiritual ou a Metafísica é o oásis onde podemos ter como sustentação
de nosso pensamento o tema da Imortalidade ou Impermanência e do aprofundamento
do conhecimento acerca da Mente e da Luz e Não-Luz: Do Vazio à Luz e ao Retorno
à Não-Luz.
... O Caminho é o Vazio...
(assim nos diz Lao Tsé, o Mestre
do Tao, em seu Capítulo 4 do Tao Te Ching)

Meditação
O Dia e a Noite
Meditação sobre o Céu Posterior
trazendo o
posicionamento dos Oito Trigramas Primordiais
A Meditação O Dia e a Noite vai nos permitir vivenciar as 24 horas
do movimento de Rotação da Terra dentro do Mapa do Mundo da Manifestação.
Dentro do Cotidiano de nossas vidas, nossas 24 horas de um dia de
vida, veremos
- Seis Horas da Manhã: é a hora de Chen, o Trovão, o Incitar, o
Despertar, o Começo.
nosso Acordar, juntamente com a energia ascendente de Chen, o
Trovão,
- Nove Horas da Manhã: é a
hora de Sun, o Vento, a Madeira, a Suavidade, a Penetração.
Esta energia ascendente de começo de vida cotidiana é logo voltado
para o desenvolvimento de nossa agenda diária, nosso Trabalho, em Sun, o Vento,
- Meio-Dia: é a hora de Li, o Fogo, o Sol, o Aderir.
e tudo pode estar frutificando intensamente ao meio-dia, com Li, o
Fogo, o Sol bem ao meio do céu, no zênite, no lugar mais alto, espraiando toda
sua luz.
- Três Horas da Tarde: é a
hora de K'un, a Terra, o Receptivo, , o Devocional, A Mãe, a Não-Luz.
e buscando suas conclusões e
suas preservações para o dia seguinte, em K'un, a Terra,
- Seis Horas da Tarde: é a
hora de Tui, o Lago, a Alegria, a Retirada.
finalmente, o dia de trabalho termina e nos retiramos - em Tui, o
Lago -, para nossa intimidade de vida, nossa casa, onde finalizamos o dia
voltados para a consciência da boa frutificação de nossos trabalhos
- Nove Horas da Noite: é a
hora de Ch'ien, o Céu, o Pai, o Criativo, a Luz
damos início ao nosso trabalho espiritual através a meditação, em
Ch'ien, o Céu... , no começo de nosso trabalho de inserção no mundo da
não-manifestação entrando em cena e deixando, por ora, o mundo da manifestação
- que voltará a ser ativado em Chen, o Trovão, às seis horas da manhã, com o
começo de um novo cotidiano de vida.
- Meia Noite: é a hora de
K’an, a Água, o Abismal, a Dormência, o Mistério, a Lua
finalmente, o sono nos vence, em K’an, o Abismal, a Água, e nos
deixamos enlear por nossos sonhos, por nossas vidas em outras dimensões...,
- Três Horas da Madrugada:
é a hora de Ken, a Montanha, a Quietude, o Mestre.
surge em nós um movimento, mesmo que ainda lento, do acordar, da
conclusão real do dia anterior e da noite que recém finda..., em Ken, a
Montanha, para que um novo dia possa ter seu início. Nos Mosteiros, a hora de Ken, a Montanha, já
é hora de nos levantarmos e de iniciarmos nossas orações em nossas meditações.
- Seis Horas da Manhã: é a hora de Chen, o Trovão, o Incitar, o
Despertar, o Começo.
nosso Acordar, juntamente com a energia ascendente de Chen, o
Trovão,
- Seis Horas da Manhã: é a hora de Chen, o Trovão, o Incitar, o
Despertar, o Começo.
- Nove Horas da Manhã: é a
hora de Sun, o Vento, a Madeira, a Suavidade, a Penetração.
- Meio-Dia: é a hora de Li, o Fogo, o Sol, o Aderir.
- Três Horas da Tarde: é a
hora de K'un, a Terra, o Receptivo, , o Devocional, A Mãe, a Não-Luz.
- Seis Horas da Tarde: é a
hora de Tui, o Lago, a Alegria, a Retirada.
- Nove Horas da Noite: é a
hora de Ch'ien, o Céu, o Pai, o Criativo, a Luz
- Meia Noite: é a hora de
K’an, a Água, o Abismal, a Dormência, o Mistério, a Lua
- Três Horas da Madrugada:
é a hora de Ken, a Montanha, a Quietude, o Mestre.

Meditação
As Estações do Ano - I
ou
Os Ciclos da Vida e da Não-Vida
Trazendo os
posicionamento do Céu Posterior para os Oito Trigramas Primordiais
Dentro dos Ciclos da Vida e da Não-Vida, podemos imaginarmos a nós
mesmos enquanto uma planta que brota através da neve do inverno, vindo à tona
da vida. Este novo começo da vida é
imajado por Chen,o Trovão.
A Primavera: é o momento de
Chen, o Trovão, o Incitar, o Despertar, o Começo, o Desabrochar.
Esta planta vai crescendo, crescendo, ao mesmo tempo que vamos
crescendo dentro dela, com ela, nos desenvolvendo, nos aprontando para o
amadurecimento da vida. Este
desenvolvimento da vida á imajado por Sun, o Vento, a Suavidade, a Penetração,
a Madeira.
Depois da Primavera e Antes do Verão: é o momento de Sun, o Vento,
a Madeira, a Suavidade, a Penetração, o Trabalho.
Chega o momento em que esta planta alcançou sua maturidade plena e
doa ao mundo suas flores e seus frutos!
O Verão: é o momento de Li,
o Fogo, o Sol, o Aderir, a Lucidez, a Consciência.
A Entropia é a lei inexorável de tudo aquilo que faz parte do Mundo
da Manifestação. Sendo assim, chega o
momento em que esta planta já vivenciou todas suas flores e todos seus frutos e
tudo o que lhe restam são as sementes das flores e frutos. Estas sementes são, então, preservadas,
conservadas, colocadas na terra - a fim de que retornem, em seus devidos
tempos, como novas plantas, renovando a vida.
Depois do Verão e Antes do Outono: é o momento de K'un, a Terra, o
Receptivo, a Abrangência, o Devocional, A Mãe, a Não-Luz.
Chega o momento da Retirada, do Repouso.
O Outono: é o momento de Tui, o Lago, a Alegria, a Retirada.
As sementes da planta de outrora jazem na terra, sob a terra. No entanto, é aqui, neste momento, que existe
o encontro entre Terra e Céu, ou seja, as sementes jazem sob a terra, isso é
certo, mas ao mesmo tempo encontram-se com a Luz vivificadora, renovadora da
vida! Este é o momento das vivências em
outras dimensões.
Depois do Outono e Antes do Inverno: é o momento de Ch'ien, o Céu,
o Pai, o Criativo, a Luz
As sementes encontram-se em dormência, vivenciam o sono profundo e
abissal, de gestação da nova vida a vir-a-ser.
O Inverno: é o momento de K’an, a Água, o Abismal, a Dormência, o
Mistério, a Lua
As sementes começam a realizar seus arraigamentos à terra onde
restaram, onde repousaram, onde vivenciaram a Luz, onde dormiram seus sonos
profundos, em outras dimensões. A
partir de agora, as sementes estão prontas a vivificarem, renascerem,
acordarem, despertarem, e realizam-se em suas raízes, em seus enraizamentos...
até que a vida novamente lhes traga à tona da terra e lhes prometa, lhes
anuncie, um novo ciclo.
Depois do Inverno e Antes da Primavera: é o momento de Ken, a
Montanha, a Quietude, o Mestre. Nos
Mosteiros, a hora de Ken, a Montanha, já é hora de levantarmos e de iniciarmos
nossas orações em nossas meditações.

Meditação
As Estações do Ano - II
Os Entrelaçamentos
da Luz e da Não-Luz,
os Sublimes Yang e Yin
A Meditação para as Estações do Ano
aponta para os Entrelaçamentos das Linhas Yang, a Luz, com as Linhas Yin, a
Não-Luz, advindas de Ch'ien, o Céu, o Pai, O Criativo, e de K'un, a Mãe, a
Terra, o Receptivo.
A Meditação tem seu início ainda antes da
chegada da Primavera, ainda no tempo de Anúncio de Chegada do Novo Começo da
vida! O Hexagrama que celebra esta
realização é T’ai, Paz, com a Terra no Trigrama do Céu e o Céu no Trigrama da
Terra, em doce fusão de harmonioso posicionamentos do Pai e da Mãe, prontos a
frutificarem em seus Filhos, ao longo das Quatro Estações.
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T’ai Equinócio Ch'ien
Solstício
Primavera Verão
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P’i Equinócio K'un
Outono Inverno
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Solstício T’ai
Primavera
Em T’ai, Paz, existe a harmonia plena
entre as Linhas Yin, do Trigrama da Terra ocupando o lugar do Trigrama do Céu e
as Linhas Yang do Trigrama do Céu ocupando o lugar do Trigrama da Terra: o Céu
está na Terra e a Terra está no Céu! É a
Primavera, o retorno de uma nova vida.
Após T’ai, Paz, Terra sobre Céu, veremos
que existirá o Avanço das Linhas Yang... até o ponto do Solstício do Verão...,
quando existirá a entrada da Linha Yin e seu posterior avanço através o
Hexagrama até encontrarem P’i, Estagnação, anunciando o Outono e trazendo o Céu
no Trigrama do Céu e a Terra no Trigrama da Terra, e esta desarmonia já anuncia
o avanço das Linhas Yin até ocuparem inteiramente o Hexagrama quando da chegada
do Solstício do Inverno!
É interessante que o Caminhante perceba que os Solstícios de
Inverno e de Verão e os Equinócios de Outono e de Primavera representam o Auge
destas Estações. E, exatamente no
momento do auge das mesmas, é que existe o avanço das Linhas Yin ou Yang - nos
Equinócios - ou a entrada das Linhas Yin ou Yang - nos Solstícios. Ou seja, T’ai, Paz, representa a Primavera,
com a Terra no Trigrama do Céu e com o Céu no Trigrama da Terra..., porém o
Equinócio da Primavera, o Auge da Primavera, já pressupõe o avanço das Linhas
Yang Hexagrama acima! Da mesma forma,
Ch'ien, O Criativo, representa o Verão, com todas as Linhas Yang ocupando o
Hexagrama...., porém o Solstício do Verão, o Auge do Verão, já pressupõe a
entrada da Linha Yin na Primeira Linha do Hexagrama, o retorno da Não-Luz, o
caminho de volta que o sol estará encetando.
(Aliás, estes conceitos são estruturados na mecânica celeste e os
antigos sábios chineses estudaram os céus e transpuseram suas leis para o I
Ching, o Livro das Mutações.)
A Meditação sobre As Estações do Ano segue, primeiramente, os dias
designados voltados para o Hemisfério Norte, a partir do anúncio da Vinda da
Primavera, em começo de fevereiro e, em seguimento, as Quinzenas
seguintes. Tudo começa em 05 de
fevereiro - mesmo porque o Ano Novo Chinês sempre começa com a Lua Nova quando
o Sol já adentrou o Signo de Aquário.
Foram feitas as retificações devidas, para o hemisfério sul, em
termos de datas.
O Hexagrama T’ai, Paz, Terra sobre Céu, anuncia o Começo da Primavera, em 05 de
fevereiro; e As Chuvas, em 20 de
fevereiro.
Para o hemisfério sul, este Hexagrama anuncia a Primavera em 08 de
agosto; e as Chuvas, em 24 de agosto.
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O anúncio da Chegada da
Primavera anuncia o bom equilíbrio entre o Sublime Yang e o Sublime Yin e se vê
o avanço das Linhas Yang através o Hexagrama, como um todo: quando todas as
Linhas estiverem Yang, haverá o anúncio da Chegada do Verão. A partir de agora, o Sol estará se
encaminhando para o ponto do meio - o Equinócio - e depois, para o ponto mais
ao sul, no hemisfério norte (enquanto que, para o hemisfério sul este ponto é
mais ao norte)
O Hexagrama Ta Chuang, O Poder do Grande, Trovão sobre Céu, anuncia o
Despertar das Criaturas, em 07 de março; e o Equinócio da Primavera, em 22 de
Março.
Para o hemisfério sul, este Hexagrama anuncia o Despertar das
Criaturas, em 08 de setembro; e o Equinócio da Primavera, em 24 de setembro.
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O Despertar das Criaturas
acontece a partir da Linha Yang que adentra o Hexagrama e que faz avançar as
demais Linhas, buscando a Luz prometida pelo Sublime Yang, no Verão, e
expulsando as Linhas Yin, da Não-Luz.
Este também é o momento certeiro do Equinócio da Primavera - porquanto já existe a real movimentação em busca do Verão,
em função da nova Linha Yang que adentrou o Hexagrama, expulsando mais uma
Linha Yin.
O Hexagrama Kuai, Irromper, Lago sobre Céu, anuncia a Clareza e o Brilho, em 06 de abril; e a
Chuva dos Grãos, em 21 de abril.
Para o hemisfério sul, este Hexagrama anuncia a Clareza e o Brilho,
em 09 de outubro; e a Chuva de Grãos, em 24 de outubro.
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Irromper, Kuai, anuncia a última
Linha Yin a deixar o Hexagrama: é o último resquício da Não-Luz, do Inverno que
está longe...
O Hexagrama Céu, O Criativo, Céu sobre Céu, anuncia o Começo do Verão, em 06 de
maio; e a Plenitude não tão Plena, em 22 de maio.
Para o hemisfério sul, este Hexagrama anuncia a Chegada do Verão,
em 08 de novembro; e a Plenitude não tão Plena, em 23 de novembro.
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Ch'ien,o Céu, apresenta todas
suas Linhas Yang, O Criativo, a Luz em todo seu esplendor. É neste momento que se pode alcançar o Portal
entre o Mundo da Não-Manifestação e o Mundo da Manifestação: a Terra
encontra-se próxima ao seu momento de maior distância do Sol - fato que
acontecerá mais adiante mas que já é antevisto neste momento de agora.
O Hexagrama Kou, Vir ao Encontro, Céu sobre Vento, anuncia o Grão na Orelha, em 07 de
junho; e o Solstício de Verão, em 22 de junho.
Para o hemisfério sul, este Hexagrama anuncia o Grão na Orelha, em
07 de dezembro; e o Solstício de Verão, em 22 de dezembro.
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Kou, Vir ao Encontro, já traz o
retorno de uma única Linha Yin, a Primeira Linha, já anunciando o fato
inexorável que a Plenitude da Luz alcançou seu auge, seu apogeu, e por esta
mesma razão, deverá dar início à sua transmutação, em busca de Não-Luz, a
partida inicial para o Inverno.
Neste momento, o Sol faz uma
parada e retorna, é o ponto final do Oito do Revirão do Sol.
O retorno é o movimento do
Caminho - assim nos diz Lao Tse, em seu Capítulo 40 do Tao Te Ching.
O Hexagrama Tun, A Retirada, Céu sobre Montanha, anuncia o
Calor Menor, em 08 de julho; e o Calor Maior, em 24 de julho.
Para o hemisfério sul, este Hexagrama anuncia o Calor Menor, em 06
de janeiro; e o Calor Maior, em 21 de janeiro.
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Em Tun, a Retirada, com a Segunda
Linha e com a Primeira Linha apresentando o Sublime Yin, existe a certeza
absoluta de que o Inverno existe, o outro lado do Oito do Revirão do Sol existe
e cada vez mais se aproxima. Já estamos
próximos ao momento de anúncio da próxima chegada do Outono. A Retirada se faz com as Linhas Yang que
começam a deixar o Hexagrama.
O Hexagrama P’i, Estagnação, Céu sobre Terra, anuncia o
Começo do Outono, em 08 de agosto; e o Final do Calor, em 24 de agosto.
Para o hemisfério sul, este Hexagrama anuncia a Chegada do Outono,
em 05 de fevereiro; e o Final do Calor, em 20 de fevereiro.
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em P’i, Estagnação,
encontraremos um Trigrama em Linhas Yin
e um Trigrama em Linhas Yang. No
entanto, o Trigrama Yin encontra-se no lugar da Terra, o Trigrama Interior,
enquanto o Trigrama Yang encontra-se no lugar do Céu, o Trigrama Exterior. Poderíamos pensar que tudo está certo....
mas não está, bem ao contrário: o que existe é a Estagnação dos
posicionamentos.
Esta Estagnação anuncia,
portanto, um tempo de maior retirada da exuberância da vida, com as Linhas Yang
definitivamente sendo expulsas do Hexagrama porque o Outono pressupõe uma
antevisão daquilo que será o Inverno, com todas as Linhas Yin ocupando o
Hexagrama.
O Hexagrama Kuan, Contemplação, Vento sobre Terra, anuncia o Orvalho Branco , em
08 de setembro; e o Equinócio de Outono, em 24 de setembro.
Para o hemisfério sul, este Hexagrama anuncia o Orvalho Branco , em
07 de março; e o Equinócio de Outono, em 22 de março.
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Em Kuan, Contemplação, existe um
tom de conscientização sobre tudo aquilo que foi realizado pelas Linhas Yang
até este momento - porque a Vida estará se direcionando para seu tempo de
dormência, a Luz estará dando lugar à Não-Luz do Inverno.
O Hexagrama Po, Desintegração, Montanha sobre Terra, anuncia o Orvalho Gelado ,
em 09 de outubro; e a Descida da Geada Esbranquiçada, em 24 de outubro.
Para o hemisfério sul, este Hexagrama anuncia o Orvalho Gelado, em
06 de abril; e a Descida da Geada Esbranquiçada, em 21 de abril.
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Po, Desintegração, anuncia a
última Linha Yang ainda a fazer parte do Hexagrama: a Luz do Sublime Yang está
deixando seu lugar para ser ocupado pela Linha Yin e por todas demais Linhas
Yin que tomarão total conta do Hexagrama, trazendo a Não-Luz do Inverno.
O Hexagrama K'un, A Terra, o Devocional, O Receptivo, Terra sobre Terra, anuncia o
Começo do Inverno, em 08 de novembro; e a Pequena Nevasca, em 23 de novembro.
Para o hemisfério sul, este Hexagrama anuncia a Chegada do Inverno,
em 06 de maio; e a Pequena Nevasca, em 22 de maio.
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Este é o tempo da Não-Luz em sua
plenitude, em sua supremacia, em sua soberania.
A Não-Luz é a plenitude do Vazio.
É neste momento que se pode alcançar o Portal entre o Mundo da
Não-Manifestação e o Mundo da Manifestação: a Terra encontra-se próxima ao seu
momento de maior proximidade do Sol - fato que acontecerá mais adiante mas que
já é antevisto neste momento de agora.
O Hexagrama Fu, o Retorno, Terra sobre Trovão, anuncia a Grande Nevasca, em 07 de
dezembro; e o Solstício do Inverno, em
22 de dezembro.
Para o hemisfério sul, este Hexagrama anuncia a Grande Nevasca, em
07 de junho; e o Solstício de Inverno, em 22 de junho.
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No momento em que o Inverno, a
Não-Luz, as Seis Linhas do Sublime Yin alcançam seu auge, seu apogeu, tudo tem
que ser transmutado e assim, entra em cena, na Primeira Linha do Hexagrama, a
Linha Yang anunciando o Retorno da Luz!
O Hexagrama Lin, Aproximação, Terra sobre Lago, anuncia o Frio Menor, em 06 de
janeiro; e o Frio Maior, em 21 de janeiro.
Para o hemisfério sul, este Hexagrama anuncia o Frio Menor, em 08
de julho; e o Frio Maior, em 24 de julho.
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Lin, Aproximação, afirma e
reafirma o fato de que a entrada das Linhas Yang é um fato inexorável dentro do
mundo da manifestação, do eterno retorno!
O Inverno ficou para trás, e novamente podemos ver o Sol buscando seu
caminho em direção à equanimidade entre a Luz e a Não-Luz com a chegada da
Primavera, novamente em T’ai, Paz, com o Céu no Trigrama da Terra e com a Terra
no Trigrama do Céu, com a doce fusão entre Mãe e Pai, ambos prontos para a Luz
e a Vida que por ela é trazida a todos os seres.

Meditação
O Eterno Retorno - O Revirão da Vida
Trazendo os
posicionamentos do Céu e da Terra, no Céu Anterior,
no aparente
caminho do Sol, o Analema
Na foto abaixo, o Analema, estaremos
encontrando o aparente caminho do Sol ao longo do ano (é uma coleção de fotos
realizadas ao longo do ano, de manhã cedo e voltadas para o Leste). Ao norte, encontraremos K'un, a Terra, a
Não-Luz, apresentando o ponto do Solstício do Inverno, a plenitude da Não-Luz. Ao Sul, encontraremos Ch'ien, o Céu, a Luz,
apresentando o ponto do Solstício do Verão.
Sabemos que sempre que a Luz encontra sua
plenitude, dá lugar ao começo da entrada da Não-Luz. Sendo assim, o auge do Verão já apresenta a
introdução da Linha Yin - pois o
caminhar aparente do Sol estará retornando, retornando até o auge do Inverno
que já estará apresentando a introdução da Linha Yang - e novamente o Sol
estará retornando seu caminho aparente em direção à Não-Luz: este é o Eterno
Retorno.
Este Eterno Retorno é também considerado
como o Revirão da Vida:
Este Eterno Retorno, este Revirão da Vida, acontece a partir do
próprio movimento, andamento, caminhar aparente do Sol, realizando a figura do
8.
O Revirão da Vida, através a figura do Oito, vai nos revelar o
Portal entre o Mundo da Não-Manifestação e o Mundo da Manifestação; vai nos
revelar a fusão entre o Sublime Yin e o Sublime Yang; vai nos revelar a fusão
entre o Inconsciente e o Consciente; entre o dia e a noite; entre o sono e a
vigília; entre a vida e a morte; entre a vida e a não-vida; entre a morte e a
não-morte.
Tudo no Mundo da Manifestação transmuta; apenas o Tao é
imutável. Tudo, no Mundo da
Manifestação, possui interiorização e exteriorização; apenas o Tao possui
interiorização plena e tudo, tudo, tudo, inclusive o Mundo da Manifestação,
cabe dentro do Tao, é o Tao, em seu Mundo da Não-Manifestação.

Meditação
Os Quatro Pontos Cardeais
Meditação sobre o Céu Anterior
Trazendo o
posicionamento de Céu e Terra, e de Fogo e Água
O Leste é o lugar dos novos começos; o Sul é o lugar do
amadurecimento pleno; o Oeste é o lugar da retirada, do repouso; o Norte é o
lugar da sabedoria que se obtém já em outras dimensões.
Meditação sobre o Céu Posterior
Trazendo a reorientação do Fogo
e da Água e introduzindo o Trovão e o Lago
bem como preservando o Céu e a
Terra
E formando, assim, a Estrela de
Seis Pontas
O homem e o Homem Sagrado e a
Estrela de Seis Pontas
A partir da Meditação do Eterno Retorno - do Revirão da Vida -,
podemos ampliar sua visão e sua vivência através os sentidos dos Quatro Pontos
Cardeais - dentro do Mundo da Não-Manifestação.
A Movimentação entre as Linhas Yang e as Linhas Yin - formando o
Analema do Sol em seu Oito do Revirão da Vida -, nos leva a assumirmos o Norte
e o Sul - sendo que o Norte é estruturado pela Não-Luz
do Inverno de K'un, a Terra, a Mãe, a Abnegação, o Devocional, o Receptivo e
sendo que o Sul é estruturado pela Luz do Verão de Ch'ien, o Pai, o Céu, o
Criativo.
No entanto, Ch'ien e K'un, o Céu e a Terra, perfazem toda a
Criação, criam, mas não querem nada para si... e se retiram dos posicionamentos
de Norte e Sul. Para tanto, precisam
trazer seus Dois Filhos do Meio, Li, o Fogo, e K’an, a Água, o Espírito e a
Alma, para assumirem seus lugares - já criando, então, o Mundo da Manifestação.
Ainda antes de o Mundo da Manifestação ser criado, são reservados
dois lugares para o Fogo, o Sol, e a Água, a Lua, imajados por Li e por K’an,
pelo Espírito e pela Alma - os lugares de Leste e Oeste.
Assim fazendo, acontecem os Solstícios - em K'un, a Terra, para o
Inverno; e em Ch'ien, o Céu, para o Verão; e acontecem os Equinócios - em K’an,
a Água, para o Oeste; e em Li, o Fogo, para o Leste.
Vemos, portanto, que em Ch'ien, existe o Pai, o Sublime Yang,
enquanto que em K'un, existe a Mãe, o Sublime Yin.
Ch'ien, o Pai, deixa sua herança de Luz para Li, o Fogo, o Sol que
nos alumia e que nos dá a vida, dentro do Mundo da Manifestação - e por esta
razão, é posicionada no Leste, o novo começo, a Primavera, no Mundo da Não-Manifestação
e no Sul, o Verão, no Mundo da Manifestação.
K'un, a Mãe, deixa sua herança de Não-Luz para K’an, a Água, a Lua
que espelha a luz do Sol e que protege nosso sono, nossa ida para outras
dimensões, nossa abissalidade infinita - e por esta razão, é posicionado no
Oeste, a Retirada, o Outono, no Mundo da Não-Manifestação e no Norte, o
Inverno, no Mundo da Manifestação.
...........................
Esta Meditação pode vir a ser realizada com o Caminhante de pé e
diante do Leste, cantando seus Mantras; depois, virando-se para o Sul e o
saudando; então, virando-se para o Oeste e o saudando; finalmente, virando-se
para o Norte e o saudando.
O Leste é o lugar dos novos começos; o Sul é o lugar do
amadurecimento pleno; o Oeste é o lugar da retirada, do repouso; o Norte é o
lugar da sabedoria que se obtém já em outras dimensões.
E ainda podem ser acrescentados o Céu e a Terra, por que não? Depois de saudar os quatro cantos, dentro do
Mundo da Não-Manifestação, o Caminhante
poderá ainda acolher o Mundo da Manifestação, trazendo Chen, o Trovão, e Tui, o Lago, para ocuparem os lugares de
Leste e Oeste e reposicionarem Li, o Fogo, e K’an, a Água, para ocuparem os
lugares de Sul e Norte. Assim fazendo, o
Caminhante poderá saudar o Céu, olhando para o céu; e a Terra, olhando para a
Terra: virando seu rosto para cima e seu rosto para baixo.
Dessa maneira, são realizados os Seis Cantos, ou seja, a estrela de
seis pontas, aquela que traz a fusão entre o Mundo da Não-Manifestação e o
Mundo da Manifestação, entre Céu e Terra e com o Homem ao centro.
Se retornarmos ao Capítulo O Tao e a
Criação do Céu e da Terra, veremos que o
Sublime Pai gera toda a Criação trazendo a Luz da Vida através de seu sentar no
Vazio, colocando-se no Revirão entre o Mundo da Não-Manifestação e o Mundo da
Manifestação e assim propiciando a Sublime Mãe criar e re-criar a Não-Luz em
toda a Criação, o universo, preenchendo os buracos do céu com estrelas e moldando
seus filhos, tudo sempre a partir do barro....
E certamente não podemos jamais nos esquecer que a Sublime Mãe deixou de
preencher um buraco no céu, deixou-o vazio... porém usou todos os pedacinhos
daquilo que seria a última estrela e moldou-os como o coração de seus
filhos.... Nosso coração, um pedacinho
de estrela, anseia buscar nosso lugar no Céu...
Assim, existe uma
estrela no céu que possui sua correspondência na Terra. Essa estrela se
manifesta em cada um de nós - seres com o desenvolvimento da mente que acolhem
a expansão da consciência. A verdade é que cada um de nós é um pedaço de
estrela. Somos todos feitos de poeira de estrelas, somos compostos da mesma
composição primordial e mutante do nosso universo.
Nosso universo é
uma alma somente - O Uno - que, ao explodir para fazer sua vida surgir, se
desfez em mil pedaços de pequenas almas que viajam suas existências mutantes e
vivenciam e fazem esse universo existir até o seu final, quando novamente se
reúnem num imenso abraço... até que novamente uma nova primavera venha acordar
esse universo a vir-a-ser... É o Eterno Retorno.
O retorno é o movimento do
Caminho - Capítulo 40 do Tao Te Ching
Então,
inicialmente, esta estrela que desce até nós, que somos nós, é composta da
trindade inicial: o céu, a terra e o homem celestes. Objetivamente, é o
Triângulo com o vértice apontando para o céu.
Num segundo
momento, esta estrela que sobe a partir de nós, que somos nós, é composta da
trindade já mutante: o céu, a terra e o homem terrestres. Objetivamente, é o
Triângulo com o vértice apontando para a terra.
O entrelaçamento
destas duas trindades, a celeste e a terrestre, ou dos dois Triângulos, existe
a partir do desenvolvimento da mente e da expansão da consciência,
fundamentalmente, e coloca o homem marcado pela estrela de seis pontas, a
união, a Yoga, perfeita e plena,
entre o homem, o céu e a terra. É a Sagração do Homem.
A estrela celeste,
em sua trindade, desce à Terra trazendo a alma infinita e universal do homem
que aqui se une com o corpo físico, formando a trindade terrestre, a estrela
terrestre.
A partir da fusão
das duas trindades, concretiza-se o Espírito, aquele que possui seu cordão
umbilical diretamente ligado ao Tao da Criação - anterior à própria criação que
é pelo Tao gerada através do Criador que cria a Criação.
Esse cordão
umbilical que liga o espírito ao Tao da Criação é simbolizado pela corrente - Guruampara - que se instaura através a
mutação da vida bem como através das heranças doadas e recebidas entre mestre e
discípulo.
A plenitude da
realização da estrela de seis pontas, é portanto, o retorno à Fonte Primordial:
é o Homem Sagrado que, após trilhar seu Caminho da Iluminação e seu Caminho da
Liberação, torna-se uma verdadeira estrela - objetiva ou subjetiva - ou seja,
torna-se um Mestre, aquele que possui luz própria e assim pode guiar e iluminar
seus planetas, ou melhor, seus discípulos.
O homem e o Homem Sagrado e a
Estrela de Seis Pontas
sob as visões do Tantra e do Tao
As três palavras
ou conceitos que acompanham ambas as trindades (celeste e terrestre) são as
mesmas, variando apenas suas formas de se apresentarem enquanto trindade
celeste ou enquanto trindade terrestre - Triângulo do Céu e Triângulo da Terra:
Sob a visão do
Tantra, esses
conceitos são: Ação, Conhecimento e Devoção. Em sânscrito, Karma, Jinana e Bhakti.
A Ação é a prática
do homem a se tornar Homem Sagrado. O Conhecimento pertence à Terra. E a
Devoção pertence ao Céu.
Obviamente, o
Conhecimento da Terra é advindo do Céu e realizado pelo homem. A Devoção do
homem é advinda do Céu e praticada na Terra através da Ação do Homem Sagrado.
.......
Sob a visão do
Tao, o Conhecimento
é denominado de Tesouro do Espírito. A Devoção pode ser compreendida como o
Princípio Inicial (O Tao) e a Ação é encontrada através a figura do Mestre –
essa é a Tríplice Transparência.
Existem, como
composição da estrela triangular primordial ou a Sublime Tríplice
Transparência:
O Princípio Inicial, a imagem do
próprio Tao,
A Sagrada Leitura (o Te, A
Virtude, são os conhecimentos sagrados)
e o Mestre (o homem já tornado
Homem Sagrado).
Na estruturação
primordial das linhas Yin e Yang do I Ching, O Livro das Mutações
que contém toda a estrutura da relação céu, homem e terra, as três linhas que
compõem os Oito Trigramas fundamentais da Família do Céu e da Terra (Pai e Mãe
e seus Seis Filhos), também seguem o caminho indicado através da Tríplice
Transparência.
O homem, por se
encontrar na transição entre o céu e a terra, faz a ligação entre a constância
e a infinitude do céu com a duração e a finitude da terra.
Quando acontece
esta inter-relação plena entre o céu e a terra, as três linhas, o Trigrama
primordial, duplica-se, ou seja, realiza-se como a Estrela de Seis Pontas
dentro do Mundo da Manifestação, O Tai
Chi, estruturando na dualidade e complementaridade do Sublime Yang e do Sublime Yin, criando então, o Hexagrama primordial do Céu e da Terra:

Meditação
O Eclipse
Total do Sol
Da Luz ao Vazio e ao Retorno
da Luz
Quando Ch’ien, O Céu,
encontra-se consigo mesmo, termina um ciclo de Caminho do Céu para dar início a
um novo ciclo, O Caminho da Terra, ou seja, partindo de Ch’ien, O Céu, passando
por todos os Filhos, em Trama e Urdimento das linhas Yang e Yin até K’un, A Terra, encontrar-se consigo mesma.....
"O
retorno é o movimento do Caminho"
O Caminho do Céu e da Terra -
que pertence ao Mundo da Não-Manifestação ou Céu Anterior – pode ser
representado no Mundo da Manifestação ou Céu Posterior como todo o processo do
Eclipse Total do Sol
Nós já vimos que no Mundo da
Manifestação o Céu, Ch’ien, doa a Luz do Sol para Li, O Fogo, O
Aderir... e a Terra, K’un, doa sua Não-Luz da Lua para K’an,
A Água, A Sabedoria.... E o que é um Eclipse?
No caso do eclipse da Lua – para
um determinado ponto da Terra - este acontece quando o corpo da Terra se coloca
entre o Sol e a Lua Cheia .... No caso do eclipse do Sol, este acontece quando,
na Lua Nova, o corpo da Lua esconde o corpo do Sol – para um determinado ponto
da Terra, o chamado Caminho da Totalidade.
Os eclipses sempre acontecem no
espaço e no entanto eles só acontecem para nós quando "batem" na
Terra, quando podem ser apreciados de algum ponto da Terra
E a Terra – nosso Planeta Terra
- significa então o Homem, nós, os seres do universo é o Homem, ou melhor, é a
Mente, ou melhor, é a Consciência, ou melhor, é a Plenitude da Consciência, ou
melhor, é o Mestre, ou melhor, é a Consciência Cósmica, ou melhor, é o Tao que
nos fazem inter-relacionar o significante ao significado, ou vice –versa
O Tao do Universo sempre existe
e no entanto, é nossa consciência que O reconhece. E não apenas O reconhece
como também, e fundamentalmente, a Ele anseia retornar... Este é O Caminho do
Céu e da Terra!
"O
retorno é o movimento do Caminho
A
suavidade é a atuação do Caminho
Os
seres sob o céu nascem da existência
E a
existência nasce da não-existência"
Quando falamos de significante e
significado, queremos dizer que o eclipse total, o momento de total escuridão
do Sol, existe como significado do casamento entre o Sol e a Lua e ao mesmo
tempo como significante do momento do Vazio, da ausência da Luz, a plenitude da
Não-Luz...
Na Meditação também acontece
este momento, quero dizer, sendo o Sol o
Fogo, O Espírito, e sendo a Lua a Água, A Alma, O Sôpro Primordial
representado por nossa respiração.... a fusão de ambos é a preparação para o
momento do Vazio, o doce instante do Vazio, o ápice da Meditação!"
"Alcançando
o extremo Vazio e
permanecendo
na quietude da extrema quietude
os
dez mil seres se manifestam simultaneamente
E,
através disso, contemplamos o seu retorno.
Apesar
da diversidade dos seres
Cada
um deles pode retornar à sua raiz
O
regresso à raiz se chama quietude
Quietude
se chama retornar a viver
Retornar
a viver se chama constância
Conhecer
a constância se chama iluminação
.........................................................................
Assim,
Mesmo
perdendo o corpo, não irá perecer"
A doce fusão entre o Espírito e
o Sopro Primordial, A Alma, está representada através do Hexagrama Wei Chi, Antes da Conclusão, Fogo no Trigrama da Terra e Água no Trigrama do
Céu:
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Wei Chi, Antes da Conclusão
No I Ching do Mundo da
Manifestação, Wei Chi, Antes da Conclusão é o Hexagrama que
encerra o Ciclo iniciado por Ch’ien, O Céu, o Criativo seguido por K’un, A Terra, O Receptivo.... Wei
Chi, Antes da Conclusão,
significa, entre outras coisas, que nunca nada realmente termina, apenas
transmuta, transforma, para dar início a um novo ciclo.
No caso da Meditação, Wei Chi, Antes da Conclusão, nos traz o momento sublime da chamada
"Fixação", ou seja, o instante em que nos aprontamos para receber e
entrar no Vazio e abraçarmos a Iluminação, a verdadeira alquimia da
Meditação.....
Assim, da Luz de Ch’ien, O Céu, O Criativo, encontraremos a Não-Luz de K’un, A Terra, O Receptivo, O
Vazio.....
O Casamento entre o Céu e a
Terra, entre Ch’ien e K’un, traz A Luz para o Trigrama da
Terra ou Trigrama Interior e traz a Não-Luz para o Trigrama do Céu ou Trigrama
Exterior... Esse é o momento da Plenitude da Meditação, a fusão com o Tao! É o
momento da verdadeira Iluminação da Consciência (que acontece dentro do Sublime
Vazio) e que posteriormente nos conduz ao Caminho da Liberação, da
Imortalidade... quando finalmente todo nosso corpo se transmuta em Corpo de Luz
e ascende aos céus....
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T’ai, Paz
O instante imediatamente
anterior ao eclipse total do Sol – o momento chamado de "Anel de
Diamante" - é representado pelo Hexagrama Po, Desintegração que mostra K’un,
A Terra, no Trigrama da Terra ou
Interior estruturando Ken, A Montanha, O Mestre, sentado em sua Quietude, no Trigrama do Céu ou
Exterior. É o momento da Fuga da Luz, da
Desintegração do Mundo da
Manifestação e do ingresso no Mundo da Não-Manifestação, a única linha do
Sublime Yang, A Luz, deixa o
Hexagrama que se torna totalmente Yin,
a plenitude da Não-Luz. Nesse momento se completa o Caminho da Terra, onde Ch’ien, O Céu, A Luz, buscou seu encontro com K’un, O Vazio, A Não-Luz:
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Po, A Desintegração, A Fuga da Luz
O instante imediatamente
posterior ao eclipse total do Sol – também chamado de "Anel de
Diamante" - é representado pelo Hexagrama Fu, O Retorno, que mostra
Chen, O Trovão, O Irromper, O Começo, no Trigrama da Terra ou Interior,
estruturando K’un, A Terra, O Vazio, A Não-Luz, no Trigrama
do Céu ou Exterior. É o momento do Retorno da Luz, do deixar para trás o Mundo
da Não-Manifestação e ingressar no Mundo da Manifestação, a única linha do
Sublime Yang, A Luz, que adentra o
Hexagrama que deixa de ser totalmente Yin,
a plenitude da Não-Luz para novamente abrir seu Caminho do Céu, em busca da
plenitude da Luz!
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Fu, O Retorno da Luz
Durante a Meditação, o momento
exatamente anterior à entrada no Vazio – O Anel de Diamante anterior – é o
último, por assim de dizer, instante em que a mente ainda, mesmo que bem pouco,
controla a Consciência.... Um toque a mais e se entra no Vazio...
Por outro lado, o momento
exatamente posterior à saída do Vazio – O Anel de Diamante posterior - é o
primeiro, por assim dizer, instante em que a mente, mesmo que bem pouco, começa
a controlar a Consciência, já iluminada. Um toque a mais após o Vazio....
Mesmo que o Samadhi, o breve instante de Iluminação, tenha sido apenas uma
fração de segundo, não importa, qualquer pequeno tempo é sempre uma eternidade
para o Espírito..... Nunca somos iguais depois de termos alcançado Samadhi, o breve instante do Êxtase
Espiritual... Sempre nos resta um sorriso nos lábios, um brilho nos olhos, um
gosto de mel na boca.... Sempre nossa Consciência terá galgado um degrau a mais
em seu Caminho do Céu e da Terra, em seu Caminho rumo ao Tao.
Em nosso trabalho espiritual, o
importante é mantermos a disciplina na prática da Meditação para alcançarmos o
momento da Fixação e posterior entrada no Vazio..... e cada vez mais
trabalharmos para aumentar o tempo da Fixação para cada vez mais podermos
usufruir do Samadhi, do Sublime
Êxtase Espiritual...
O que é o Vazio, o que é o Samadhi,
o que é a Iluminação, o que é o Tao?
Lao Tsé tem a nos dizer sobre
esse tema em vários Capítulos do Tao Te Ching:
"O
caminho que pode ser expresso
não
é o Caminho constante
O
nome que pode ser enunciado não é o Nome constante
Sem-Nome
é o princípio do céu e da terra
Com-Nome
é a mãe das dez mil coisas"
"Eu
não conheço seu nome
chamo-o
de Caminho
Esforçando-me
por denominá-lo, chamo-o de Grande
Grande
significa Ir
Ir
significa Distante
Distante
significa Retornar"
................................................................
O
homem se orienta pela terra
A
terra se orienta pelo céu
O
céu se orienta pelo Caminho
O
Caminho se orienta por sua própria natureza"
"O
Caminho é o Vazio
e
seu uso jamais o esgota"
"O
Homem Sagrado deixa seu corpo para trás
e o
Corpo avança
Além
do corpo, o Corpo permanece
Através
do não-corpo, conclui o Corpo"

Meditação
As Seis Linhas do Hexagrama
E o Eclipse Total do Sol
A Primeira Linha e a Meditação
Em relação à figura do eclipse
total do Sol, a primeira linha já traz as primeiras indicações de que a Luz
será coberta pela Não-Luz, dando lugar ao Vazio. É dentro do Vazio que surge a
Iluminação, o Êxtase Espiritual, o Samadhi.
Dentro da meditação, esse
momento significa entrar no silêncio, concentrar a atenção na respiração e no
ponto entre os olhos, recitando o mantra
de introspecção, contemplando o Espírito, Fogo, que deverá se fusionar
totalmente com a respiração, o Sopro Primordial, Água.
A Segunda Linha e a Meditação
Em relação à figura do eclipse
total do Sol, a segunda linha já traz uma maior certeza de que a Luz será coberta
pela Não-Luz, dando lugar ao Vazio. É dentro do Vazio que surge a Iluminação, o
Êxtase Espiritual, o Samadhi.
Dentro da meditação, esse
momento significa estar no silêncio, recitando o mantra de introspecção, contemplando o Espírito, Fogo, que deverá
se fusionar totalmente com a respiração, o Sopro Primordial, Água.
A Terceira Linha e a Meditação
Em relação à figura do eclipse
total do Sol, a terceira linha traz a certeza de que a Luz será coberta pela
Não-Luz, dando lugar ao Vazio. É dentro do Vazio que surge a Iluminação, o
Êxtase Espiritual, o Samadhi.
Dentro da meditação, esse
momento significa estar totalmente mergulhado no silêncio, contemplando a fusão
do mantra do Espírito, Fogo, já quase
totalmente fusionado com a respiração, o Sopro Primordial, Água.
A Quarta Linha e a Meditação
Em relação à figura do eclipse
total do Sol, a quarta linha traz a plena certeza de que a Luz será coberta
pela Não-Luz, dando lugar ao Vazio. É dentro do Vazio que surge a Iluminação, o
Êxtase Espiritual, o Samadhi.
Dentro da meditação, esse
momento significa estar totalmente mergulhado no silêncio, usufruindo da fusão
do Espírito, Fogo, com o Sopro Primordial, Água. Dessa fusão, nasce o Elixir da
Vida. O Elixir da Vida é a total fusão do Homem com seu mantra, representativo de seu lugar no Absoluto.. Nesse instante o
Homem se torna uno com o universo do Absoluto. É o momento da Fixação. O Homem está totalmente
interiorizado, pronto para entrar no Vazio.
"Alcançando
o extremo Vazio
e
permanecendo na quietude da extrema quietude" (4)
A Quinta Linha e a Meditação
Em relação à figura do eclipse
total do Sol, a quinta linha traz a Luz sendo coberta pela Não-Luz, dando lugar
ao Vazio. É dentro do Vazio que surge a Iluminação, o Êxtase Espiritual, o Samadhi.
Dentro da meditação, esse
momento significa a fusão do Elixir da Vida com o Tao. Nesse instante o Homem
se torna o Tao. O Homem Sagrado está no Vazio. O Homem Sagrado é o Vazio.
"O
Caminho é o Vazio
e
seu uso jamais o esgota" (6)
"O
caminho que pode ser expresso não é o Caminho constante
O
nome que pode ser enunciado não é o Nome constante" (7)
"A
criação tem o poder do céu
O
céu tem o poder do Caminho
O
Caminho tem o poder do eterno
Assim,
Mesmo
perdendo o corpo, não irá perecer" (4)
A Sexta Linha e a Meditação
Em relação à figura do eclipse
total do Sol, a sexta linha traz a Luz que retorna após o Vazio. É dentro do
Vazio que surge a Iluminação, o Êxtase Espiritual, o Samadhi.
A Luz que retorna, o Anel de
Diamante após o Vazio, após o Eclipse total do Sol, é a consciência iluminada e
ampliada que re-inicia seu Caminho.
"O
retorno é o movimento do Caminho"
Dentro da meditação, esse
momento da Luz que retorna é a retomada dos sentidos, é o relaxamento da
Fixação, é o começo da separação do Espírito e do Sopro Primordial, é a volta
da atenção à inspiração e expiração, é a lembrança do mantra. Vagarosamente, tudo retorna ao que era antes....
aparentemente. Na verdade, mesmo um pequeno avanço na iluminação e ampliação da
consciência já é suficiente para fazer o Homem Sagrado galgar mais um degrau em
sua longa jornada rumo ao Tao.
O Elixir da Vida, no entanto,
permanece. E deve sempre permanecer. Ele existe como um cordão umbilical entre
o Homem, A Terra e o Céu.... até que seja totalmente reprocessado, interiorizado
e tornado Corpo Solar.
"Uma
longa jornada
inicia-se debaixo dos
pés"

A Meditação e o Trabalho Espiritual
A Família do Céu e da Terra
Homem Sagrado é aquele que realiza dentro de si mesmo, O Tao e O
Te, O Caminho e A Virtude.
Sendo o Tao O Caminho, para alcançá-lo é então preciso Caminhar....
Ao Caminhar, O Caminhante realiza seu Caminho, esse é o Te.... O Caminho só
existe quando existe O Caminhante Caminhando seu Caminho...
Uma longa jornada
inicia-se debaixo dos pés (1)
Para Caminhar o Caminho, sendo o Caminhante que realiza o Tao e o
Te, é preciso manter a consciência expandida buscando a Iluminação e preservando
O Elixir da Vida.
Alcançar a expansão da consciência e realizar o Elixir da Vida,
significa praticar o trabalho espiritual de Caminhante em seu Caminhar em seu
Caminho, ou seja, sentar no silêncio, meditar.
A meditação deve ser praticada diariamente, preferivelmente duas
vezes ao dia, antes do amanhecer e na hora do entardecer, em jejum, antes das
refeições.
A meditação é a alimentação espiritual do homem para manter-se como
Caminhante Caminhando seu Caminho, assim como ele precisa de sua alimentação
física para manter-se em seu caminho de vida encarnada.
O Caminhante deverá sempre estar consciente de trazer consigo mesmo
os Trigramas Primordiais do Pai e da Mãe, através as Três Linhas Yang e as
Três Linhas Yin, o Céu e a Terra, O Criativo e O Receptivo.
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Ao sentar-se no silêncio, e consciente de trazer consigo o Tai Chi,
o doce entrelaçamento do Sublime Yang com o Sublime Yin, O Caminhante dá início ao seu Caminhar em seu
Caminho. As costas ficam eretas.... O Caminhante imita Ken, A Montanha, O
Mestre, A Quietude... Um Caminhante em meditação imaja uma montanha bem
assentada na Terra, realizando em si um triângulo de forma a simbolizar a
Sagrada Tríade: O Princípio Primordial, O Tesouro do Espírito e o Mestre.
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Sentado em seu silêncio interior absoluto, o Caminhante se torna a
própria montanha....e então, surge Sun, O Vento, A Madeira, que lhe dita
seu mantra essencial, aquele que irá fazer a ponte entre o Caminhante e seu
Caminho....
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Entoando seu mantra, o Caminhante permanece com sua mente e seus
olhos interiores direcionados para o Cakra do Conhecimento que se situa num
ponto energético entre as sobrancelhas....ao mesmo tempo que o Caminhante
coloca sua mente na inspiração e expiração, tentando acamá-la, tornando-a cada
vez mais suave, mais tranqüila, mais lenta, mais sintonizada com o ritmo do
universal.
Seja suave e constante
usufruindo sem se apressar (2)
A respiração, esse fole universal, é o Sopro Primordial, a energia
primordial advinda do Absoluto, do Tao do Céu Anterior, do Mundo da
Não-Manifestação, que existe em todo o universo e que nos é presenteada como
uma benção a cada instante de nossa vida de encarnação, desde nossa primeira
inspiração até nossa última expiração.....
O mantra que acompanha nossos passos durante as primeiras etapas da
meditação, deve ser um mantra que nos traduza ao universo ao mesmo tempo que
nos reproduza o som do universo instalado dentro de nós.....a cada inspiração e
com a palavra correta do mantra, trazemos a energia do universo para dentro de
nós...a cada expiração e com a palavra correta do mantra, devolvemos ao
universo a energia que reside dentro de nós....
Essa troca de energias é compreendida como o "fole
universal" que atua como o Sopro Primordial do universo advindo do
Absoluto.
O espaço entre o céu e a terra
assemelha-se a um fole
É um vazio que não distorce
Seu movimento é a contínua
criação (1)
Esse Sopro Primordial nos é inculcado por K’an, A Água, O
Abismal, A Sabedoria, A Alma...
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Ainda durante as primeira etapas da meditação, conservando o
mantra, a mente sintonizada com o chacra do Conhecimento, conservando a
inspiração e expiração fluindo harmoniosamente, concretizando o Sopro
Primordial....existe também a presença atuante da consciência real – aquela que
faz parte do universo e de nós mesmos.... Essa consciência é chamada de
Espírito e nos é infundida por Li, O Fogo, O Espírito, O Aderir, A Clareza,
A Compreensão, A Lucidez, A Consciência...
Ao longo da meditação, a consciência real, O Espírito, e a
respiração, O Sopro Primordial, vão formando um processo de fusionamento de tal
maneira que em um determinado momento, se fusionam totalmente e se tornam Um: é
o momento da Fixação.
O momento da Fixação é fundamental para que a meditação possa ter
seu verdadeiro início! É preciso saber conservar a Fixação mais e mais, cada
vez mais tempo, para que seja formado o Elixir da Vida, uma energia de total
fusão entre O Espírito e O Sopro Primordial, o começo de tudo e o fim de tudo,
o Tao da Criação, o Elixir da Vida.
Dentro da Fixação e banhado pelo Elixir da Vida, o homem tem seu
momento de Êxtase Espiritual, o motivo pelo qual o Caminhante Caminha seu
Caminho, o Encontro com seu Tao Interior.
É comum durante as várias etapas da meditação, acontecerem ao
Caminhante várias questões que devem ser bem trabalhadas e vivenciadas...
Algumas questões podem ser relacionadas a encontros com seres e lugares que
certamente não são nossos conhecidos cotidianamente.
O importante, nesses casos, será o uso do bom discernimento para se
saber se esses encontros com seres e lugares nos trazem uma boa energia ou não.
Em segundo lugar, é importante que saibamos que esses momentos ainda não
traduzem uma profundidade na meditação... Ao contrário, esse momentos podem ser
ilusórios quanto ao bom proveito da meditação, confundindo nossa mente, e
portanto nos desviando do caminho correto a ser seguido....
O mais correto, em relação ao processo da meditação e das práticas
espirituais, é, primeiramente, ser iniciado por um mestre vivo e realizado e em
segundo lugar, realizar o trabalho sempre sob o seu acompanhamento.
Esses mestres nem sempre estão ainda no Caminho da Imortalidade mas
já atingiram o Caminho da Iluminação ou estão muito perto dele, podendo assim,
instruir seus discípulos e os Caminhantes sob sua proteção sobre como Caminhar
seus Caminhos, como vivenciar seus Caminhos e suas Virtudes....
Outras questões fazem parte também das etapas da meditação e podem
ser reconhecidos como deveras importantes para a realização do Caminho: em dado
momento, já quando alcançamos e conservamos a Fixação, nosso corpo recebe ondas
de energias intensas que são denominadas de "Rodas do Moinho".
Essas Rodas do Moinho se apresentam durante um certo tempo em
nossas meditações – e se elas se apresentam é porque estamos no bom caminho de
aprofundamento da meditação – e servem para energizar todo o corpo físico e
etérico, chacoalhando mesmo de tal forma o Caminhante que medita, que a pessoa
deve fazer um enorme esforço para não se desviar da Fixação e da preservação do
Elixir da Vida e deixar que essas Rodas do Moinho façam seu trabalho de limpeza
interior e exterior... As Rodas do Moinho são advindas de Chen, O Trovão, o
Inesperado, O Irromper.
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Então, existe o retorno da calma, da tranqüilidade do corpo físico
e da mente. Nessa etapa da meditação, o Caminhante já se encontra pronto para
espelhar o Céu na Terra: é o momento de Tui, O Lago, A Alegria, O Espelho.
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Estando preparado para entrar em Êxtase Espiritual, O Caminhante,
finalmente, realiza a fusão total do Espírito com o Sopro Primordial, formando
assim o Elixir da Vida.
Quando o Elixir da Vida se expressa de forma inteiramente
amadurecida, o Caminhante está prestes a realizar o doce Encontro do Céu com a
Terra, em Tai, Paz:
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O momento de Tai, Paz, é quando, numa fração da fração de
milionésimo de segundos, K’un, A Terra, realizou todo o seu Caminho do Céu
(dentro do amadurecimento do Elixir da Vida), finalmente se encontrando com
Ch’ien, O Céu. É o momento do Êxtase, a
fusão da Luz com a Não-Luz, o doce casamento entre o Sublime Yang e o Sublime
Yin. É neste momento que podemos estar
diante do Portal entre o Mundo da Manifestação e o Mundo da Não-Manifestação: É
o momento do Vazio.
O Caminho é o vazio (3)
Assim é o Tao.
O retorno é o movimento do
Caminho (4)
Mestres e mestres
O mais correto, em relação ao processo da meditação e das práticas
espirituais, é, primeiramente, ser iniciado por um mestre vivo e realizado e em
segundo lugar, realizar o trabalho sempre sob o acompanhamento desse mestre.
O mestre realizado é aquele que já cumpriu uma boa parte de sua
jornada rumo ao Tao, é um Caminhante que continua Caminhando em seu Caminho,
vivenciando o Tao e o Te. Esse mestre nem sempre está ainda no Caminho da
Imortalidade mas já atingiu o Caminho da Iluminação ou está muito perto dele,
podendo assim, instruir seus discípulos e os Caminhantes sob sua proteção sobre
como Caminhar seus Caminhos, como viver seus Caminhos e suas Virtudes....
O mestre ser ainda vivo é também um aspecto essencial no sentido de
poder mostrar e demonstrar como o Caminhante Caminha seu Caminho através de seu
próprio exemplo.
De uma forma geral, esse mestre vivo e realizado faz parte de uma
Egrégora Espiritual que atua através de uma linhagem ininterrupta de mestres ao
longo dos tempos, como elos de uma mesma corrente estruturada pela Tradição e
pelos Mestres Imortais do passado....
Lao Tsé, por exemplo, é o grande guardião da Tradição do Tao, é o
Mestre, é Aquele que podemos entender como a manifestação encarnada mais
próxima da imagem do Mestre dentro da Grande Tríade, ou Tríplice Transparência,
do Tao: O Princípio Primordial, O Tesouro do Espírito e o Mestre - aquele que
realiza em si mesmo, O Tao e O Te, O Caminho e a Virtude.
Certamente, nosso planeta vem nos apresentando ao longo de sua história,
grandes Mestres que se situam no Vazio entre o Mundo da Não-Manifestação e o
Mundo da Manifestação.
Existem mestres e Mestres.
O Mestre, é aquele que, a princípio realizou seu Caminho por si
mesmo – possivelmente por já ter entrado na encarnação com a consciência
iluminada e infinita e seu Elixir da Vida preservado.... Esses Mestres deixam
suas marcas bem claras através de sua sabedoria revelada e de seus exemplos,
porém, normalmente, não deixam marcas de seus corpos....por terem se tornado
Imortais e terem ascendido.
A Alquimia do Tao
No Caminho da Iluminação o que se pretende alcançar é a infinitude
da consciência, a plena e total iluminação da consciência, a expansão ilimitada
da consciência.
Essa consciência já vem fusionada com o Espírito que por sua vez já
se fusionou com o Sopro Primordial e O Elixir da Vida é uma energia concreta,
objetivada – que pode, porém, ser perdida.
Dessa forma, com o Elixir da Vida adquirido, o Caminhante parte,
então, para o reprocessamento desse Elixir, tornando-o mais e mais preservado e
amadurecido.
O amadurecimento completo, através da realização do Caminho e da
Virtude, ou seja, do aprofundamento na meditação e nas práticas espirituais,
leva o Caminhante a, do Elixir da Vida amadurecido, alquimizar sua transformação
em Feto Sagrado, ou seja, dar gestação a um ser de luz dentro de si mesmo. Esse
sentimento de estar gestando um Ser de Luz não é ilusório ou subjetivo, não, é
real mesmo: começa a surgir no ventre do Caminhante uma energia condensada
extremamente poderosa.
Quando o Feto Sagrado se torna totalmente amadurecido surge o Corpo
Solar ou Corpo de Luz ainda interiorizado dentro do Caminhante. Existem Mestres
que são tão iluminados por este Corpo Solar que iluminam qualquer lugar onde
chegam!
Finalmente, este Corpo Solar é exteriorizado e a partir desse
momento, o Caminhante Iluminado passa a trabalhar seu próprio corpo físico ,
seu Caldeirão, para torná-lo apto a se interiorizar totalmente dentro do Corpo
Solar – que passa a ser o corpo real e alquimizado do Caminhante Iluminado e
prestes a se tornar um Imortal, O Homem Sagrado.
Essa é a Alquimia do Tao. Essa Alquimia surge a partir da
constância do Céu e da duração da Terra, ou seja, da fusão dos elementos do
Mundo da Não-Manifestação com os do Mundo da Manifestação....isso traz a
eternidade.
O céu é constante, a terra é
duradoura
O que permite a constância e a
duração do céu e da terra
É o não criar para si
Por isso são constantes e
duradouros
Assim,
O Homem Sagrado deixa seu
corpo para trás
E o Corpo avança
Além do corpo, o Corpo
permanece
Através do não-corpo, conclui
o Corpo. (5)
O Caminho da
Iluminação e o Caminho da Imortalidade
O Caminho da Imortalidade se dá quando, ao morrer, o Iluminado não
deixa seu corpo na terra para ser cremado ou enterrado...ele ascende para o céu
com seu Corpo de Luz exteriorizado e seu corpo físico interiorizado e
totalmente alquimizado – tudo é Corpo de Luz - tornando-se, então, um Imortal.
Mestre Jesus foi um claro exemplo de Ascensão aos Céus.
Essa é a Sagração do Homem, esse é o Homem Sagrado.
O Caminho tem o poder do
eterno
Assim,
Mesmo perdendo o corpo, não
irá perecer (6)
O Caminho da Imortalidade é muito mais além do que O Caminho da
Iluminação – desde que traz a Infinitude da Consciência e da Vida, A Imortalidade,
e não somente a Infinitude da Consciência, A Iluminação.
O Iluminado ainda continua atado à Roda da Vida, retornando à
encarnação para continuar processando seu Elixir da Vida. Ele possui a
consciência infinita mas ainda não possui, em si mesmo, a própria Luz. Luz é
matéria. É somente dentro da encarnação que o processamento da própria Luz pode
ser realizado e a Alquimia do Tao pode ser completada.
Concluir o nome, terminar a
obra, retirar o corpo
Este é o Caminho do Céu (7)
O Imortal não mais continua atado à Roda da Vida, não mais
precisando retornar à encarnação.... No entanto, muitos Imortais assumem o
compromisso de retornar á encarnação e atuarem como mestres até que o último
ser alcance sua Iluminação e Imortalidade...
Mas quem pode possuir sobra
para oferecer ao mundo?
Somente aquele que possui o
Caminho
Por isso, o Homem Sagrado
Age sem querer para si
Conclui a obra mas não se
apega
E não deseja mostrar sua
eminência (8)
Lao Tsé bem nos descreve o Iluminado e o Imortal quando qualifica
ambos de "Grande", sendo que o primeiro é o "Ir" e o
segundo o "Retornar" bem como ambos são "O rei", ou seja,
aquele que possui em si (o Iluminado) e é em si (O Imortal) a Consciência do
Tao: :O Espírito e O Sopro Primordial da Criação.
Eu não conheço seu nome
Chamo-o de Caminho
Esforçando-me por denominá-lo,
chamo-o de Grande
Grande significa Ir
Ir significa Distante
Distante significa Retornar
O Caminho é grande
O céu é grande
A terra é grande
O rei é grande
Dentro do universo há quatro
grandes,
E o rei é um deles.
O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Tao
O Tao se orienta por sua
própria natureza (9)
O homem iluminado
é a terra. O Homem Sagrado imortalizado é o céu. O rei é a consciência
iluminada e infinita. Quando o homem alcança sua Iluminação, ou seja, fusiona
sua consciência com a Consciência Suprema, ele torna-se o rei. O rei, já como
Homem Sagrado, devota-se a trazer o céu para sua terra, ou seja, tornar seu
corpo físico em Corpo de Luz, alcançando a vida infinita e consciência
infinita, espelho do Tao.

Meditação
Semente do Universo a vir-a-ser
Do Vazio à Luz e ao Retorno do Vazio
Os Caminhos
do Céu e da Terra
O Portal
entre os Mundos da Não-Manifestação e da Manifestação
A Criação
É bom que nos recordemos que existe a Linha Yang e Contínua e que
traz consigo o conceito da Constância; e que existe a Linha Yin e Vazada e que
traz consigo o conceito da Duração.
Esses conceitos também podem ser compreendidos enquanto Tempo e Espaço -
Tempo eterno e Espaço transmutante), Espírito e Alma (sendo que a Alma é
adentrada na matéria). A Vida advém do
Espírito do Tao da Criação enquanto o Tecimento desta Vida advém da Alma
encarnada na matéria: a Não-Luz do Sublime Yin é acolhida pela Luz do Sublime
Yang.
Assim como acontece em toda a Criação - com o Caminho do Céu sendo
percorrido por K'un, a Não-Luz, realizando os Encontros com seus Filhos até
encontrar-se com Ch'ien, a Luz e com o Caminho da Terra sendo percorrido por
Ch'ien, a Luz, realizando os Encontros com seus Filhos até encontrar-se com
K'un, a Não-Luz - tudo acontece sempre e primordialmente no Céu Anterior, no
Mundo da Não-Manifestação para então tudo poder ser manifestado através o Céu
Posterior, o Mundo da Manifestação através o enlace entre o Sublime Yang e o
Sublime Yin formando o Tai Chi.
Sendo assim, ao serem concluídos os Caminhos do Céu e da Terra....
Big Bang!!!!!!!!! Nosso Universo tem seu
início, saído do Vazio e adentrando a Luz e tecendo Tempo e Espaço até que,
finalmente, um dia o Espaço dá lugar ao Vazio da Não-Luz e a Luz dá
continuidade ao Tempo, porém sendo acolhido pelo Vazio... até que novamente, os
Caminhos do Céu e da Terra sejam novamente percorridos por K'un, A Terra, o
Espaço, e Ch'ien, o Céu, o Tempo e um novo Universo surja advindo da Constância
do Tempo e da Duração do Espaço.
......................
Vemos, portanto, que toda a Vida manifestada através o Tempo e o
Espaço, através a Constância e a Duração, pode caber, inicialmente, na Mandala
do Tai Chi, mesclando o Sublime Yang ao Sublime Yin; para depois fazer
acontecer os Filhos do Céu e da Terra a partir do Sublime Pai e da Sublime Mãe
(apresentando as Imagens do Tesouro do Espírito, do Mestre e do Tao Primordial
- o Trigrama Primordial, as Três Linhas) e, em continuidade, o entrelaçamento
de cada um dos componentes da Família do Céu e da Terra, realizando-se em
Trigrama da Terra e em Trigrama do Céu para, finalmente, acontecerem todos
através a Criação dos 64 Hexagramas (as Seis Linhas que são traduzidas em
Tesouro do Espírito da Terra e do Céu, em Homem da Terra e do Céu e em Tao da
Terra e do Céu), ou seja, todas as possíveis combinações para dar conta de
todas as possíveis situações da Vida!

Meditação
fusionando os Mundos
da
Não-Manifestação e da Manifestação
Na Meditação
do Vazio à Luz e ao Retorno do Vazio, realizamos o Céu Anterior tanto na
Semente da Vida em si - que vai de K'un, a Terra, passando por todos os Filhos
até encontrar Ch'ien, o Céu, quanto na representação do universo manifestado -
que vai de Ch'ien, o Céu, passando por todos os Filhos até encontrar K'un, a
Terra, em movimento inverso.
O
Portal entre o Caminho do Céu e o Caminho da Terra é um Portal no qual devemos
nos ver inseridos inteiramente e não atuando enquanto admiradores da explosão
da Grande Luz. (A verdade é que o Big
Bang jamais será visto enquanto imagem diante de nós, expectadores... porque
simplesmente fazemos parte desse evento!).
Se for difícil para o Caminhante se concentrar, primeiramente, no
Vazio... da Semente, por que não tentar realizar esta Meditação começando a
partir de Ch'ien, o Céu já dentro do Mundo da Manifestação, já iniciando o I
Ching do Mundo da Manifestação?, ou seja, dentro do mundo no qual vivenciamos
nossa vida.
Então, num segundo momento, por que não deixar então que Ch'ien
busque por K'un, que o Céu busque pela Terra, que o Criativo busque pelo
Receptivo... porém não mais dentro do I Ching do Mundo da Manifestação (onde a
Terra, o Receptivo, estaria em segundo lugar, em continuidade ao Céu, o
Criativo)? Ou seja, a partir de Ch'ien,
o Céu, porque não realizar o Retorno da Luz em direção à Não-Luz, o Céu
realizando o movimento inverso do Encontro consigo mesmo e depois, com todos
seus Filhos até encontrar-se com K'un, a Terra, em Tai, Paz, e depois realiza o
Encontro de todos os Filhos entre si até que, finalmente, entre em cena K'un, a
Terra, o Vazio?
Através essas duas possibilidades de Meditação, estaremos
realizando os Caminhos do Céu e da Terra e com isso, estaremos perpassando por
todas as 64 imagens representativas da
Vida, assim como a conhecemos.
Do Vazio à Luz e da Luz ao Vazio
- este é o Eterno Retorno que pode ser realizado entre o dia e a noite.... e
entre a gestação e o começo e o final de um universo. Não importa o Tempo e o Espaço - sempre tudo
é contido dentro da interiorização absoluta do Tao. Somente o Tao é absolutamente interiorizado e
não transmuta.
Lao Tse nos diz que uma longa
jornada começa debaixo dos pés. Sendo
assim, seja que a iniciemos a partir de K'un, a Terra, em seu Caminho do Céu,
ou seja que a iniciemos em Ch'ien, o Céu, em seu Caminho da Terra...,
certamente estaremos alcançando tanto a Luz quanto o Vazio, fusionando em nós
os Sublimes Yang e Yin, realizando nossa consciência dentro do Tai Chi, dentro
do Mundo da Manifestação, de forma que possamos penetrar no Portal e adentrar o
Mundo da Não-Manifestação.

O Caminho do Céu
de K'un, a Terra, a Mãe, até Ch'ien, o Céu, o Pai
perpassando por todos os Filhos:
Nossa consciência é
atada à Terra, a Mãe, K'un, o lugar onde estamos. Nossa consciência em ampliação faz acontecer
a Montanha, o Mestre, Ken, a Quietude, o homem que busca sua realização dentro
de seu Caminho da Iluminação e da Imortalidade ou Liberação até se tornar Homem
Sagrado. A Terra e a Montanha
realizam-se, enquanto Vida manifestada e encarnada, através a possibilidade de
vida que é doada pela Água, K’an, a Água, que traz consigo a Sabedoria e vai
buscando por todos os lugares. A vida
manifestada é então não somente vivenciada pela terra, pela rocha e pela água
mas também pela madeira, em Sun, o Vento, a Madeira, e esta vegetação é levada
adiante pelo vento e eclode a vida, desabrocha a vida através Chen, o Trovão, o
Incitar, que acaba trazendo o Fogo, Li, para a terra, ampliando a consciência
do Homem que já se encontra entre o Céu e a Terra. Esta expansão da consciência acontece através
seu espelhamento permitido por Tui, O Lago, que espelha Ch'ien, o Céu, o Pai, o
Criativo, o doador da vida infinitizada e iluminada à K'un, a Terra, o
Receptivo.
Os Hexagramas compostos pela Terra, A Mãe, a Não-Luz, o Vazio:
A Terra recebe a Terra,
formando K'un, O Receptivo, A Mãe, A Terra, O
Devocional
A Terra recebe a Montanha, formando Po,
Desintegração.
A Terra recebe a Água, formando Pi, União,
Manter-se Unido
A Terra recebe o Vento, formando Kuan,
Contemplação
A Terra recebe o Trovão, formando Yü,
Entusiasmo
A Terra recebe o Fogo, formando Chin,
Progresso
A Terra recebe o Lago, formando Ts’ui,
Reunião
A Terra recebe o Céu, formando Pi,
Estagnação
Os Hexagramas compostos pela Montanha, A Quietude, O Mestre:
A Montanha recebe a Terra, formando Ch'ien,
Humildade
A Montanha recebe a Montanha, formando Ken, A Quietude,
A Imobilidade
A Montanha recebe a Água, formando Chian,
Dificuldades, Vicissitudes
A Montanha recebe o Vento, formando Ch'ien,
Desenvolvimento, Progresso Gradual
A Montanha recebe o Trovão, formando Hsiao
Guo, Pequeno Exagero
A Montanha recebe o Fogo, formando Lü,
Viagem
A Montanha recebe o Lago, formando Hsien,
Comunhão
A Montanha recebe o Céu, formando Tun,
A Retirada
Os Hexagramas compostos pela Água,
O Abissal, A Lua, O Mistério, A Alma, A Sabedoria:
A Água recebe a Terra, formando She, O
Exército
A Agua recebe a Montanha, formando Mon,
Insensatez Juvenil, Iniciação à Educação
A Agua recebe a Agua, formando K’an, O Abismal
A Agua recebe o Vento, formando Huan,
Dispersão
A Agua recebe o Trovão, formando Hsieh,
Liberação
A Agua recebe o Fogo, formando Wei Chi,
Antes da Conclusão
A Agua recebe o Lago, formando Kuen,
Dificuldades
A Agua recebe o Céu, formando Sun,
Conflito
Os Hexagramas compostos pelo Vento, A Madeira,
a Suavidade, a
Comunicação:
O Vento recebe a Terra,formando Sheng,
Ascensão
O Vento recebe a Montanha, formando Ku,
Deterioração
O Vento recebe a Agua, formando Djin, O
Poço
O Vento recebe o Vento, formando Sun, Suavidade
O Vento recebe o Trovão, formando Hen,
Constância, Duração
O Vento recebe o Fogo, formando Tin,
Caldeirão
O Vento recebe o Lago, formando Ta Guo,
Preponderância do Grande
O Vento recebe o Céu, formando Gou, O
Encontro
Os Hexagramas compostos pelo Trovão,
O Irromper, o Insight, o Começo, o Incitar, O Inesperado:
O Trovão recebe a Terra, formando Fu, O
Retorno da Luz
O Trovão recebe a Montanha, formando Yi,
Satisfação da Boca, As Bordas da Boca
O Trovão recebe a Agua, formando T’un,
Germinação
O Trovão recebe o Vento, formando Yee,
Benefício, Aumento
O Trovão recebe o Trovão, formando Chen,
Comoção
O Trovão recebe o Fogo, formando Sze
Ho, Morder
O Trovão recebe o Lago, formando Suei,
Seguir
O Trovão recebe o Céu, formando Wu Wang,
Ausência de Falsidade, Inocência, Inesperado, Inconsciente
Os Hexagramas compostos pelo Fogo, O Aderir, A Claridade, O Sol,
O Espírito, A Lucidez:
O Fogo recebe a Terra, formando Ming I,
Claridade Ferida
O Fogo recebe a Montanha, formando Pi,
Ornamento
O Fogo recebe a Água, formando Chi Chi,
Após a Conclusão
O Fogo recebe o Vento, formando Chia Jen, A
Família
O Fogo recebe o Trovão, formando Fon,
Abundância
O Fogo recebe o Fogo, formando Li, O
Aderir, A Lucidez
O Fogo recebe o Lago, formando Gor,
Revolução
O Fogo recebe o Céu, formando Ton Zen,
Companheirismo
Os Hexagramas compostos pelo Lago, A Alegria, o Espelho do Céu:
O Lago recebe a Terra, formando Lin,
Aproximação
O Lago recebe a Montanha, formando Shuen,
Diminuição
O Lago recebe a água, formando Chie,
Limitação
O Lago recebe o Vento, formando Chun Fu,
Sinceridade do Centro
O Lago recebe o Trovão, formando Gue
Mei, O Casamento da Moça, A Jovem que se Casa
O Lago recebe o Fogo, formando Kuei,
Discordância
O Lago recebe o Lago, formando Tui, A
Alegria
O Lago recebe o Céu, formando Lü,
Realização
Os Hexagramas compostos pelo Céu, O Pai, A Luz, O Criativo
O Céu recebe a Terra, formando Tai, Paz
O Céu recebe a Montanha, formando Ta
Shü, O Grande Impedimento
O Céu recebe a água, formando Shu, A
Esperança
O Céu recebe o Vento, formando Shiao Shu,
O Pequeno Impedimento
O Céu recebe o Trovão, formando Ta Chuon, A
Exuberância
O Céu recebe o Fogo, formando Ta Yio, A
Grande Conquista
O Céu recebe o Lago, formando Juai,
Irromper
O Céu recebe o Céu, formando Ch'ien, o
Céu, O Criativo, O Pai, A Luz

Ao longo da Meditação
Semente do Universo a
vir-a-ser
Do Vazio à Luz e
ao Retorno do Vazio
Devemos nos deixar permear
por todo o processo de Caminho que acontece através K'un e Ch'ien, a Terra e o
Céu em seus Caminhos do Céu e da Terra, entrelaçando suas Linhas Yang e Yin de
forma a trazer todas as possibilidades de ações de vida ao longo das
encarnações, ao longo da própria antevisão da vida do universo e da vida do
universo propriamente dita até seu final... para tudo novamente restar numa
semente.
Através todos esses
processos, poderemos nos conscientizar mais e mais acerca nosso Dharma - nossa
essência essencial advinda de nosso Espírito junto ao Tao da Criação - e nossos
Karmas e Samskaras - nossas ações e reações em potencial realizadas ao longo de
nossas materializações, nossas vivências sucessivas de nossa Alma junto ao Tao
da Criação.
Estaremos também vivenciando
o Tempo e o Espaço. Estaremos
vivenciando as reencarnações de estrelas: hoje, em nossa veias, em nosso corpo,
existem apenas reencarnações de estrelas, somos restos de estrelas, somos
estrelas e um dia, assim retornaremos a ser.
Esta é uma Meditação que pode
englobar em si mesma, todo o Trabalho Espiritual que viemos comentando até
agora, neste Trabalho, e que ainda continuaremos a comentar.
A Semente
Queimada e Voto do Bodhisattva, o Homem Sagrado
O Homem Sagrado é
aquele que é considerado "Semente Queimada" (aquele que não mais
possui Karmas nem Samskaras), ou seja, uma semente que não mais encarna no
mundo dos homens submetidos à re-encarnação. Aqueles que ainda não expandiram
sua mente em consciência iluminada são homens "Sementes que Nascem de
Novo" (porque ainda possuem Karmas e Samskaras).
Certamente que
temos que compreender, no caso da Semente Queimada, que, a este nível de
consciência, o Homem Sagrado pode decidir-se por si mesmo se deseja ainda
continuar encarnando neste Planeta para tornar-se um Bodhisattva (um Ser de Compaixão que faz seu voto de não deixar a
re-encarnação neste nível até que a última alma seja salva)... ou se deseja
tornar-se um mentor invisível do Planeta, do Sistema Solar, da Galáxia... ou se
deseja tornar-se a Luz e a Não-Luz contidas numa semente que nasce de novo,
dando berço a uma nova estrela, a um novo sistema solar, a uma nova
galáxia, a um novo universo...
A "Semente
Queimada" é como se fosse o universo, ou uma estrela, ou uma galáxia, que
chega ao seu final, como uma semente amorfa e plena de escuridão... que no
entanto, apenas guarda o espaço e tempo trazidos pelo Tao para explodir e
formar um novo universo. A "Semente que nasce de novo" continua a
fazer parte da Luz e da Não-Luz do universo... até que se torne "Semente
Queimada".
Eu Sou a
Consciência Cósmica, a Consciência Cósmica Sou Eu
Sinto, portanto,
que o espírito – A Luz – nasce junto com o universo e com ele caminha até o
final desse mesmo universo... tornando-se Não-Luz... como a escuridão da
semente que apenas aguarda o momento adequado para voltar a ser Luz, ou o
momento da explosão e da criação de um novo universo, criando novo tempo e
espaço. A verdade é que o espírito e a matéria que o contém significam o
próprio universo, eles são a fusão do universo.
Assim, mesmo que um universo
morra e se decomponha por completo... não estará se tornando o húmus que
tonifica a semente que se abrirá em novo universo? Essa é a alma da Criação.
E não é verdade
que são o espírito, a alma e a matéria em Luz e Não-Luz contenedores da vida e
da mente condensadas a partir da Mente Cósmica que por sua vez é criada pela
Consciência Cósmica, a Suprema Consciência?
Sendo assim, nosso espírito, nossa
alma e nossa mente são a própria
Consciência Cósmica.
Eu sou a Consciência Cósmica;
a Consciência Cósmica sou eu
...........................
O céu é constante, a terra é
duradoura
O que permite a constância e a
duração do céu e da terra
É o não criar para si
Por isso são constantes e
duradouros.
Assim,
O Homem Sagrado deixa seu corpo
para trás e o Corpo avança.
Além do corpo, o Corpo
permanece.
Através do não-corpo, conclui
o Corpo.
Em sua
interpretação do Capítulo 7 do Tao Te Ching, de autoria de Lao Tse, o Mestre Wu
Jyh Cherng, nos diz:
“No Capítulo 7, Lao Tse examina uma questão que faz parte do
questionamento das pessoas: a duração de tudo e de todas as coisas em relação
ao ser humano. O sol, a lua, a galáxia,
a própria Terra, todos têm uma durabilidade bem maior do que a do homem. Por que não podemos durar tanto quanto o sol,
a lua, as estrelas? O Capítulo 7 gira
exatamente em torno desse questionamento.
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O homem vive dentro da integração do universo. Há acima dce nós um céu que pode ir até o infinito do universo e
abaixo de nós existe uma terra que pode ir até uma finitude. A terra é finita. Nós vivemos entre o finito da Terra e o
infinito do Céu. Apesar de vivermos
entre essas duas coisas, a nossa presença é temporária. A vida do homem é bem menor do que a finitude
da terra e menos ainda pode ser comparada à infinitude do céu.
Novamente surgem as questões: por que o céu e a terra duram e
permanecem tanto? E como poderemos nós
nos igualarmos ao céu e à terra para que possamos ter a constância do céu e a
duração da terra? Dentro de nós existe a
mesma potencialidade entre o Yang e o Yin tanto quanto existe no universo a
integração do Yang com o Yin.
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O céu e a terra não criam nada para si. A razão do céu e da terra serem duráveis e
constantes é que a força primordial que os move, que mobiliza ambos, não é a
força do próprio céu nem da própria terra e sim a força do Grande Tao. Céu e terra são movidos pelo Tao. O Tao está em todas as partes, é o princípio
de tudo, está presente em todas as coisas.
É essa força do Tao, como o Absoluto, que move o céu e a terra.
A diferença entre o ser humano e o céu e a terra é que o céu e a
terra trazem dentro de si uma coisa chamada ‘naturalidade’. No céu e na terra todas as coisas acontecem
dentro de uma naturalidade: o céu e a terra não pensam, não premeditam. Eles emanam consciência, emanam força
energética, produzem movimentos físicos de uma maneira natural enquanto o ser
humano já perdeu, em sua grande parte, essa naturalidade. Nós agimos com demasiada intenção. Sempre tentamos produzir com nossa própria
mente, questionar com nosso próprio julgamento, com nossas próprias idéias,
ignorando a integridade do universo.
Vivemos a nossa vida consumindo a nossa própria energia e nossa própria
força enquanto esquecemos que existe uma energia cósmica que poderia estar nos
conduzindo em vez de nós estarmos conduzindo a nossa vida com a nossa própria
força. Precisamos aprender a permitir
que a força cósmica conduza nossa vida.
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Os mestres iluminados ou ascensionados são exatamente aquelas
pessoas que conseguiram de alguma maneira recuperar essa constância e essa
duração. Dependendo do grau de
recuperação dessa naturalidade e integração entre o céu e a terra, eles se
tornam ascensionados de um nível mais alto, mais amplo e profundo, ou menos
alto, menos amplo e menos profundo.
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Porque o céu e a terra conseguem ser constantes e duradouros
e por não se criarem e serem
sem-intenção própria e sem meta própria, deixam suas vidas, suas existências
serem conduzidas por uma grande energia única que é o Supremo Uno oferecido
pelo próprio Tao. É, portanto, a própria
unidade de energia Una que existe no céu e na terra que faz com que o céu não
se separe da terra e a terra não se separe do céu. Isso é a grande energia do Uno que abraça
todas as coisas. Se o homem consegue ser
côo o céu e a terra, recebe essa energia Una.
Por ser possível que o homem se torne constante e duradouro, em
seguida Lao Tse nos diz:
Assim,
O Homem Sagrado deixa seu
corpo para trás e o Corpo avança.
Imagine que você está dentro de seu corpo, você avança mas seu
corpo fica para trás, o que então acontece?
Você entra no Vazio.
“Deixar o corpo para trás” também pode ser entendido de uma
maneira mais liberal, mais poética. Na
verdade, somos muito apegados à nossa forma e dificilmente deixamos nosso corpo
para trás. Nós achamos que somos esse
corpo. Essa forma, no entanto, está o
tempo todo mudando, envelhecendo, piorando de saúde, melhorando de saúde,
ficando triste, ficando alegre... A
partir do momento em que nossa consciência acha que somos isso - esse corpo - nós
somos a impermanência do ser porque nosso corpo é a maior revelação da
impermanência do ser. Nós vemos a
impermanência a cada momento. No momento
em que nossa consciência é pressionada pelo corpo, a consciência torna-se uma
consciência de impermanência. Estaremos,
então, vivendo todo o tempo a vida e a morte, a vida e a morte. A cada instante é a vida; a cada instante é a
morte. A cada instante estamos
descobrindo um novo nascimento, a cada instante estamos descobrindo a morte.
E Ele continua:
Além do corpo, o Corpo
permanece
Mestre Maa, nosso mestre, dia que para você carregar uma xícara
de chá, você tem que estar fóra da xícara para poder carregá-la. Se você estiver dentro da xícara, você não
vai conseguir carregar esta xícara. Se
você quiser carregar o seu corpo, você não vai poder estar dentro dele. Se você quiser possuir seu corpo você não
poderá estar limitado por ele. Sem ser
limitado pelo corpo, você domina a forma.
Sem ser limitado pela forma, assim você pode dominá-la.
Na prática da Meditação Taoísta, basicamente existem cinco
etapas importatíssimas, cinco esquecimentos que são conceitos da
Alquimia Superior. A Alquimia Taoísta
possui três níveis: Superior, Mediano e Inferior. Esses cinco esquecimentos trazidos
pela Alquimia Superior nos foram revelados pelo nosso Mestre Maa e são
ensinamentos importantíssimos e preciosos.
Eles são: CORPO, SOPRO, ESPÍRITO, VAZIO, VERDADE.
Corpo é corpo; Sopro é energia; Espírito é consciência. Vazio e Verdade são mais difíceis de
entender. Normalmente, a consciência da
pessoa está condicionada no corpo, ou seja, as pessoas são limitadas por seus
níveis sensoriais e formais. Do sentido
e da forma não conseguimos emitir uma só frase sem que ela contenha uma idéia,
uma forma. Não conseguimos comer alguma
coisa sem que lhe adivinhemos o sabor.
Isso é o sentido, o sensorial.
Portanto, tudo o que vivemos está condicionado no nível do sensorial e
da forma.
Na prática da Alquimia Superior - prática de meditação -, o
primeiro passo é esquecer o corpo. Não é
brigar com ele, anulá-lo, e sim, esquecê-lo.
É preciso esquecer o corpo para se poder atuar no Sopro.
Na prática da meditação, o primeiro estágio - que se leva anos
para ser alcançado - é o de inicialmente se colocar o corpo imóvel, depois se
relaxa da cabeça aos pés, de cima para baixo.
A partir daí, é preciso esquecer o corpo não se colocando a atenção e a
consciência no corpo e sim na respiração, no Sopro. Quando não se sente mais o corpo físico ou se
realmente o corpo físico foi esquecido, nesse momento a consciência vai estar
atuando no nível do Sopro. A
consciência, então, torna-se outra, mais diluída, menos compacta, menos
rígida. A consciência torna-se uma
consciência energética.
Basicamente, é isso o que tentamos fazer em nossa meditação.
Após bastante tempo dessa prática, bastou se sentar que não mais
se sente o corpo, entra-se num estado como se estivesse boiando dentro de uma
piscina sem corpo físico. Entramos
dentro de uma imensa energia, nós somos a própria energia, lenta, gostosa. Apenas que isso não é a realização. Isso é apenas o resultado do primeiro esquecimento:
não existe mais corpo, nós somos o Sopro.
No segundo estágio, é preciso esquecer o Sopro. Havia uma consciência integrada ao corpo
físico sendo portanto limitada pelo
corpo físico. Esquecendo o corpo físico,
ingressa-se num nível mais sutil, mais energético de ser: a consciência do
Sopro. Também nesse momento se é
limitado por esse nível de energia, pelo universo da energia.
O universo, a dimensão física, já não mais nos limita; no
entanto, a dimensão energética, sim. a
consciência está aprisionada pela energia.
Entra-se então, no segundo estágio da Alquimia: esquecer a energia do
mesmo modo que se esqueceu o corpo físico.
É preciso se sentar e meditar, esquecendo-se o corpo e também a energia. Nesse momento, a consciência é uma pura
consciência, somos apenas um espírito que não tem qualquer energia para
aprisioná-lo. Chegando nesse estágio,
nós somos pura luz.
Sentamo-nos em meditação e imediatamente ingressamos numa imensa
piscina, sem corpo. Em seguida, a
piscina desaparece e somos apenas uma imensa luz, a própria luz que está em
toda a parte. Somos
pura luz. Sentimos essa luz. Somos muito irradiantes. Então, se atingiu o terceiro passo.
Estamos iluminados, sim, mas não estamos no último passo da
Alquimia. É preciso que esqueçamos o
Espírito. Isso é muito mais
difícil. Esquecemo-nos como Espírito e
ainda esquecemo-nos como Espírito de Luz, puro, sem forma, sem cor: somos uma
imensa luz como a luz do sol. Também
isso deve ser esquecido.
Senta-se em meditação e, em alguns minutos, não se sente mais o
corpo e em outros segundos, não se sente mais energia e mais alguns segundos,
nos tornamos uma imensa luz e também essa luz desaparece e sentimos um imenso
Vazio.
Nesse momento, todas as luzes, todas as energias, todos os
corpos, o universo inteiro está dentro de nós porém o universo inteiro não é
você nem sou eu. Somos exatamente aquele
Vazio que abraça todas as coisas. Talvez
não consigamos sentir isso, apenas uma anulação da luz, do Espírito e o
ingresso numa espécie de Vazio que abraça todas as coisas. Talvez não consigamos sentir isso, apenas uma
anulação da luz, do Espírito e o ingresso uma espécie de Vazio, uma profunda
quietude. Um Vazio Absoluto.
Chegou-se finalmente ao Absoluto?
Não.
Aí se encontra o quarto passo que se abre para o quinto estágio
que é dificílimo: quebrar o Vazio. Já
quebramos o corpo físico, já rompemos a barreira da energia, também rompemos a
barreira da consciência e finalmente, atingimos o Vazio. Agora temos que romper a barreira do Vazio.
Romper a barreira do Vazio, quebrar o Vazio, significa quebrar
aquilo que não se tem, que não existe; romper com algo que não se possui. Este estágio do Vazio significa, na verdade,
quebrar o que não se tem. Nós tínhamos a
nós mesmos e isso foi quebrado. Tínhamos
nosso corpo, a energia, o espírito e tudo foi quebrado e não existe mais corpo,
mais energia, mais espírito. Somos o Vazio
e temos que quebrar o Vazio.
A partir do momento em que se quebra o Vazio, retornamos a ser a
Verdade. Nessa hora, estamos em toda a
parte e estamos em lugar nenhum. Nessa
hora, chegamos a ser o Tao.
Esses são os Cinco Passos da Alquimia Superior. São cinco estágios estruturados por quatro
esquecimentos. Isso não é feito de um
dia para outro. Se conseguirmos passar
do Corpo para o Sopro - que é o primeira estágio -, já é maravilhoso. Se conseguirmos chegar ao nível do Espírito,
provavelmente seremos aquelas pessoas irradiando luz, muita luz, com muitos
discípulos. A partir do momento em que
entramos no Vazio, nos tornamos aquele mestre que desaparece do mundo. A partir do momento em que ingressamos na
Verdade, estamos presentes em toda a parte.
Estaremos em cada partícula do universo.
Quebrar o Vazio é algo que se aprende somente quando se alcança
este estágio da meditação. Não se pode
quebrar o Vazio com algo que não seja o Vazio.
Também não se pode quebrar o Vazio com o próprio Vazio. Nessa hora, aparece a grande questão.
Não se queria a forma, mas se acaba caindo nela. Do Espírito para o Vazio, já é o estágio do
inimaginável. Nos três primeiros
estágios, ainda se consegue ter uma relativa linguagem. Quanto mais voltado para o Corpo, mais
linguagem. Do Vazio em diante não existe
mais linguagem. Até o Espírito, pode-se
medir qualquer medida retrocedendo-a até alcançar o Um. No momento que se chega ao Um, tornamo-nos a
própria luz infinita, uma consciência feito uma luz, atinge-se o Uno. Nessa hora, somos onipotentes. Com a onipotência e ainda encarnados, provavelmente nos
tornamos um grande mestre. Seríamos o
próprio Sagrado, o Uno, em pessoa.
Daí em diante, para entrarmos
no quarto e no quinto passos, teríamos que sair de qualquer medida. Os instrumentos de medição, nesses casos, não
funcionariam mais. Pode-se medir até o
Um, em processo de retrocesso, mas do Um para trás, não dá mais para se
medir. Não se pode usar o finito para
medir o infinito. Não se pode usar a
existência para medir a não-existência.
A partir daí, não se ensina mais através das palavras. Muitas vezes, a pessoa atinge o Um e fica
aguardando durante muito tempo o momento próprio para conhecer alguém que vá
lhe dar essa Passagem. Porém, esse
ensino, esse conhecimento, não é mais repassado através das palavras ou através
de ensinamentos palpáveis, como anteriormente foi feito.”

Créditos:
Texto A Meditação e o Trabalho Espiritual:
Tao Te
Ching, O Livro do Caminho e da Virtude – Lao Tsé
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 4
Capítulo 40
Capítulo 7
Capítulo 16
Capítulo 9
Capítulo 77
Capítulo 25
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 4
Capítulo 40
Capítulo 7
Capítulo 16
Capítulo 9
Capítulo 77
Capítulo 25
Tradução de Wu Jyh Cherng -
Editora Ursa Maior, SP. Atualmente este
Livro é publicado pela Editora Mauad, São Paulo, Brasil
Bibliografia:
- Textos transcritos (em duas partes) pela autora a partir da aula ministrada
por Wu Jyh Cherng sobre a Alquimia
Taoísta em 24 de maio de 1994, na Sociedade Taoísta do Rio de Janeiro.
Tao Te Ching – O Livro do Caminho e da Virtude – Lao Tsé -
Meditações do Eclipse Total do Sol e das Seis Linhas do Hexagrama:
Capítulo 64
Capítulo 40
Capítulo 22
Capítulo 16
Capítulo 4
Capítulo 25
Capítulo 1
Capítulo 7
Capítulo 34
Tradução de Wu Jyh Cherng -
Editora Ursa Maior, SP. Atualmente este
Livro é publicado pela Editora Mauad, São Paulo, Brasil
- Texto As Estações do Ano - II - as datas e denominações das
temporadas foram extraídas de The Book of Change, Neil Powell, Orbis, London
(tradução de Janine)
- Texto Do Vazio à Luz e ao Retorno da Não-Luz: algumas Inserções
extraídas de O Caminhante Caminhando seu Caminho, de autoria de Janine Milward,
e também de Aula Gravada por Wu Jyh Cherng, em Interpretação sobre o Capítulo 7
do Tao Te Ching.
- Foto do “Anel de Diamante”
realizada por Jeff R. Schroeder ao final
do eclipse total do sol em 11 de agosto de 1999, em Harput, Turquia. Publicada na revista Sky & Telescope,
edição de outubro de 2000, página 97, na Seção “Amateur Events”. – Sky & Publishing Co.,
Ma., USA.
- Fotos do processo do
Eclipse Solar, realizadas por Fred Spenak e apresentadas na página principal de
seu site, na Nasa, sobre os Eclipses Solares.
O Fio da Meada
Janine Milward
Primeiro Volume
O Fio da Meada

Primeiro Volume
O Fio da Meada
Sexta Linha ___ ___ O
Quinta Linha ___ ___ I Ching
Quarta Linha ___ ___ do
Terceira Linha _______ Caminho
Segunda Linha _______ do
Primeira Linha _______ Céu
Janine Milward
Primeiro Volume
Conceitos Fundamentais sobre I Ching,
o Livro das Mutações
o Livro das Mutações
Editora Estrela do Belém
O Fio da Meada
I Ching do Caminho do Céu
Janine Milward
Direitos Reservados © 1997
Registro 142.090 Livro 230 Folha 433
Segunda Edição Revisada

Primeiro Volume
Conceitos Fundamentais sobre I Ching, o Livro das Mutações
Janine Milward
